'Terror de volta'

MST faz PM refém no Paraná; ‘barbaridade’, diz deputado

MST manifestavam em PR-170 quando equipe da PM pediram para liberar via para entrada da cidade vizinha de União da Vitória

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Dois policiais militares do Paraná foram agredidos por manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) durante um protesto em rodovia PR-170, em 2023 (Foto: Reprodução/ X (antigo Twitter).

Dois policiais militares do Paraná foram agredidos  por manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) durante um protesto, que fechava a rodovia PR-170 em Guarapuava, na região central do Paraná, nesta quinta-feira (19). Os PM foram arrastados pelo pescoço e removidos da pista pelos manifestantes. 

O 16º Batalhão da Polícia Militar, por meio de nota, relatou a agressão que os policiais sofreram, “conforme pode ser visto em vídeos que circulam pelas redes sociais, utilizando de força e agressão, os manifestantes retiraram a equipe policial do local. Os policiais envolvidos na ocorrência passam bem, nenhum deles foi feito refém e já se encontram na sede do 16º BPM.” 

Ainda na nota, a polícia afirma que a equipe se deslocou até o local e de “maneira pacífica pediram para que os manifestantes liberassem a via”. Segundo a PM, a via congestionada é a única que dá acesso à cidade vizinha de União da Vitória, município localizado a 243 km da capital do estado. 

O MST nega a agressão e diz que a notícia se trata de uma fake news. Por meio de nota, o grupo dos camponeses, assim como se autointitulam, afirma que “é falsa a informação que circula em redes sociais de que o MST teria feito policiais reféns na manhã desta quinta-feira (19), em Guarapuava (PR)”. 

De acordo com o grupo do MST a manifestação tinha o objetivo de pressionar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária do Paraná (Incra) a tomar medidas efetivas para a reforma agrária na região. “Cerca de 300 camponesas e camponeses Sem Terra bloqueavam parcialmente a PR 170, em Guarapuava, para cobrar uma resposta do INCRA-PR sobre a regularização fundiária de 14 comunidades da Reforma Agrária e de posseiros da região”, destaca na nota. 

A manifestação teve início na quarta-feira (18) e foi retomada essa manhã na altura do km 390 da rodovia. Atingiu cerca de 6km no sentido Pinhão e 3km no sentido Guarapuava. Durante todo o protesto, só era permitido a passagem de ambulâncias. 

‘Uma barbaridade em Guarapuava’

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), se manifestou sobre o conflito nas redes sociais. 

O deputado classificou a situação como “barbaridade” e “um absurdo total”. “Uma barbaridade em Guarapuava, Paraná! Um grupo de bandidos dos Sem Terra, supostamente pedindo reforma agrária, pegam dois policiais militares que pacificamente tentavam liberar a estrada, chegam a carregar e ameaçar os agentes de sequestro. Isso é terrorismo! Um absurdo total!”, declarou Lupion.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) também comentou nas redes sociais sobre o caso. Zambelli sugeriu que a agressão tenha ocorrido por causa do atual governo, do presidente Lula que é amigável e já foi integrante do MST. “Sob o desgoverno de Lula, o terror voltou ao campo e às estradas do Brasil”, criticou Zambelli.

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