R$20 bilhões aos cofres públicos

Juízes, desembargadores e procuradores recebem acima do teto

Os ganhos são impulsionados principalmente por penduricalhos

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Em novembro,14 dos 27 tribunais não divulgaram dados de remuneração. (Foto: Raphael Ribeiro/BCB).

Estudo realizado pela Republica.org revelou que o pagamento de auxílios e benefícios acima do teto remuneratório do funcionalismo público gerou um impacto mínimo de R$ 20 bilhões nos cofres públicos entre 2018 e 2024.

O teto remuneratório atualmente é de R$ 44 mil.

Os principais beneficiados são juízes, desembargadores e procuradores, que fazem parte do grupo de carreiras com remuneração acima do teto constitucional. Os magistrados formam a “elite do funcionalismo público”.

O estudo analisou os ganhos de servidores ativos, inativos e pensionistas, com base no painel Dados JusBR da Transparência Brasil.

Levantamento aponta um aumento no porcentual de servidores do Judiciário e do Ministério Público que receberam ao menos um mês de supersalário por ano.

Em 2018, esse índice era de 83%, enquanto em 2024 chegou a 92%. Esses ganhos são impulsionados principalmente por verbas indenizatórias, conhecidas como penduricalhos.

O estudo revelou ainda que 62% do montante acima do teto tem origem em rubricas indenizatórias. Um exemplo é a licença-compensatória, gratificação por acúmulo de função.

Entre janeiro e julho de 2024, os gastos com essa rubrica aumentaram 400%, de R$ 100 milhões para R$ 300 milhões.

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