Socorro na pandemia

No DF, governo viabilizou mais de R$170 milhões no socorro a empresas

Sete mil empregos diretos e 11 mil indiretos já foram criados até agora

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Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal - Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Uma linha de financiamento oferecida pelo governo do Distrito Federal (GDF) tem dado um respiro a centenas de empresários que enfrentam as dificuldades econômicas geradas pela pandemia.

Por meio do Fundo Constitucional do Centro-Oeste na modalidade empresarial (FCO Empresarial), já foram contratados até agosto cerca de R$175 milhões por centenas de empresas do DF e da Região Integrada de Desenvolvimento Econômico (RIDE).

“O objetivo desse fundo é permitir que as empresas possam estar bem, gerando, além de lucros para o empresário, emprego e renda”, explicou Márcio Faria Jr., secretário de Desenvolvimento Econômico.

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) é uma das responsáveis por gerir os aportes financeiros e compõe o Conselho de Financiamento à Atividade Produtiva (Cofap), que aprova os investimentos. O conselho já analisou até o momento 78 cartas-consulta – que são as propostas das empresas – totalizando um valor de financiamento de R$292 milhões em 2021. Esse valor total ainda depende de trâmites bancários para ser usado pelo empresariado.

São investimentos voltados para as áreas de comércio e serviços, infraestrutura econômica, indústria e turismo. O efeito no mercado de trabalho é direto: a previsão é de que cerca de 7 mil empregos diretos e quase 11 mil empregos indiretos já tenham sido criados até o momento, segundo estimativa da SDE.

“O objetivo desse fundo é permitir que as empresas possam estar bem, gerando, além de lucros para o empresário, emprego e renda. Podemos dizer que o DF é um local de ‘terras férteis’ e a linha de financiamento ajuda e muito”, pontua o secretário de Desenvolvimento Econômico, Márcio Faria Jr.

Os clientes do FCO Empresarial no DF são micro, pequenas e médias empresas. Segmentos dos mais variados segmentos, como academias, clínicas médicas, usinas fotovoltaicas, lojas da construção civil, entre outros. Dos mais de R$ 170 milhões emprestados, 93% foram destinados ao setor de comércio e serviços, 6% para a indústria e 1% para o turismo.

Clínicas equipadas com o financiamento

Um dos beneficiados pelo aporte financeiro foi o empresário Alcides Bolgue, 67. Ele está entre os proprietários de um laboratório clínico com 12 unidades espalhadas pelo DF, em cidades como Sobradinho, Taguatinga e no Plano Piloto. Adquiriu a linha de crédito e entrou com uma contrapartida financeira de 10% do montante. O investimento serviu para a compra de equipamentos novos para os laboratórios.

“Foi um ótimo suporte para a gente em plena pandemia, para que possamos aprimorar os nossos equipamentos de análise clínica. Passamos a fazer o teste para a detecção da covid-19 e era preciso investir”, relata Bolgue. “Esse fundo do FCO é essencial para o desenvolvimento do Centro-Oeste, ao propiciar investimentos na área de serviços e comércio. Já havia usado em outra empresa do nosso grupo”, diz. Segundo o empresário, 60 funcionários trabalham em seus laboratórios.

Para contratar a linha de financiamento, o empresário deverá apresentar sua proposta de financiamento diretamente no BRB, Banco do Brasil ou no Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob).

O Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) completa 32 anos de existência em 2021. Ao longo de sua trajetória, o fundo atingiu em financiamentos um valor expressivo de mais de R$ 100 bilhões em contratações na região Centro-Oeste, representados por 1,1 milhão de operações.

Ele possui as seguintes linhas de financiamento: FCO Empresarial, FCO Rural, FCO para Financiamento Estudantil e FCO para Financiamento de micro e minigeração de energia elétrica para pessoa física. Dá suporte financeiro, além de gerar empregos em empreendimentos localizados nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.

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