Unidos contra a Dengue

Militares começam atuar ao combate contra a dengue no DF

Os militares atuarão todos os dias da semana, das 8h às 17h, com pausa para almoço nas administrações regionais de cada cidade

acessibilidade:
247 militares do Exército Brasileiro começam atuar ao combate contra a dengue. (Foto:Paulo H. Carvalho/Agência Brasília).

247 militares do Exército Brasileiro se uniram aos agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (AVA) e foram às ruas de Samambaia e Ceilândia em busca de focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. A operação conjunta teve início, oficialmente, nesta quarta-feira (31) e os militares vão ficar à disposição do Governo do Distrito Federal (GDF) até que seja decretado o fim da situação de emergência na saúde pública. 

Atualmente, a capital federal conta com aproximadamente 750 agentes empenhados em eliminar os focos do Aedes aegypti em todas as 35 regiões administrativas. Diante da alta dos casos de dengue, a união de esforços entre GDF e Exército Brasileiro se fez mais uma vez necessária nos primeiros 25 dias do ano, o Distrito Federal somou 16.570 casos notificados da doença.

“Nós teremos 92 militares por dia e, se houver necessidade, podemos aumentar esse efetivo. O objetivo é percorrer as regiões mais importantes de acordo com a SES e nós seguiremos os critérios passados por eles”, afirma o general Carmona, comandante militar do Planalto. 

A secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio disse que vão intensificar as visitas aos domicílios que tenham locais que possam ser abrigos para as larvas. “A programação do fumacê também continua e ganhará reforço com as equipes do Exército. O local de atuação das equipes será concentrado com base nas estatísticas”, explica. 

247 militares do Exército Brasileiro se uniram aos agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (AVA) e foram às ruas para combater a dengue. (Foto:Paulo H. Carvalho/Agência Brasília).

Os militares atuarão todos os dias da semana, das 8h às 17h, com pausa para almoço nas administrações regionais de cada cidade. Serão quatro frentes de trabalho essencial: reforço na aplicação de fumacê, que está previsto para percorrer as regiões na madrugada desta quinta-feira (1º); trabalho de campo, com visitas domiciliares e inspeções; fornecimento de ambulâncias para apoio no atendimento médico emergencial; e empréstimo de camas de campanha para as tendas de acolhimento.

 

Participação da comunidade 

A população desempenha um papel crucial no combate à dengue. Isso porque a maioria dos focos do mosquito são encontrados dentro das residências. Ciente da importância de manter a casa limpa, a aposentada Bárbara Cristina Amaral, 64 anos, recebeu a dupla de militares para se certificar de que nenhum foco passou despercebido.

“Eu tive dengue no início do mês, foi horrível. Muita dor de cabeça, no corpo e náuseas. Eu lavo o quintal e a varanda todos os dias, não deixo acumular água. Mas todos os vizinhos estão com dengue. Alguma coisa está acontecendo. Nós temos que nos unir para melhorar a situação de todos. Então, abram a porta para os colegas e deixem eles que vistoriem tudo”, compartilhou.

Onde buscar ajuda 

O GDF disponibiliza tendas de acolhimento ao lado das administrações regionais das cidades com maior incidência da doença. O serviço está disponível, das 7h às 19h, em Ceilândia, Sol Nascente/Pôr do Sol, Samambaia, Sobradinho, São Sebastião, Estrutural, Recanto das Emas, Brazlândia e Santa Maria. A população tem acesso a testes rápidos de dengue, acolhimento de pessoas com sintomas e hidratação dos pacientes com a doença, além de informações sobre combate ao mosquito, descarte correto de lixo e espaço para denúncias de locais com possíveis focos.

Todas as 176 unidades básicas de saúde (UBSs) estão preparadas para receber os cidadãos. Do total, 11 funcionam de segunda a sexta-feira em horário ampliado, das 7h às 22h; 52 abrem aos sábados, das 7h às 12h; e cinco estão em funcionamento aos sábados e domingos, das 7h às 19h.

De acordo com a atual legislação eleitoral brasileira (resolução TSE 23.610/2019), sites de notícias podem ser penalizados pelos comentários em suas publicações. Por esse motivo, decidimos suprimir a seção de comentários até o fim do período eleitoral.