Morta na frente das filhas

Presidentes do STF, STJ e Andes repudiam assassinato de juíza no Rio

Viviane foi morta com três facadas pelo ex-marido, na véspera do Natal, diante de três filhas

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As três filhas do casal assistiram a mãe ser brutalmente assassinada a facadas Foto: Reprodução Facebook

Os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, e do Superior Tribunal de Justiça, ministro Humberto Martins, além da Associação Nacional dos Desembargadores (Andres) repudiaram nesta sexta-feira (25) o hediondo crime que tirou a vida da juíza do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, morta a facadas pelo ex-companheiro, na noite de ontem, diante das filhas do casal entre 6 e 9 anos de idade.

Fux chamou a atenção para a covardia do crime, enquanto Martins classificou o feminicídio como um ato brutal e repulsivo.

A magistrada é mais uma na estatística de mulheres que perdem suas vidas diariamente, como consequência da discriminação estrutural e da desigualdade de poder, que inferioriza e subordina as mulheres aos homens.

Assim como para a família da juíza, a noite de Natal dos familiares de Thalia Ferraz, em uma cidade do interior de Santa Catarina, foi de tragédia. Morta pelo ex-companheiro, a jovem foi surpreendida por uma mensagem antes de ser assassinada por ele.

Para Humberto Martins, a violência contra as mulheres não distingue faixas etárias, condição econômica ou classes sociais, configurando-se em uma triste realidade que precisa ser enfrentada por todos.

O repúdio dos desembargadores

A Andes destacou, em nota, que “em plena véspera de Natal, houve o covarde crime de feminicídio contra uma magistrada do RJ, pelo ex companheiro, na frente das filhas”.

Os desembargadores ressaltam a importância de leis mais duras contra esses crimes, e informam que pretende encampar a proposta de mudança na legislação vigente, para majorar as penas dos crimes de misoginia cometidos contra a mulher magistrada ou agente da Lei, pois tais ilícitos ocasionam insegurança pública.

Na nota a Andes destaca também o trabalho de todas desembargadoras no combate aos crimes de feminicídio. “A Andes Mulher vem manifestar repúdio ao hediondo crime, além de combater, veementemente, a terrível pandemia de violência contra a mulher, sobretudo as mais vulneráveis”.

Paulo José Arronenzi, o ex-marido assassino, foi preso em flagrante. Quando os policiais chegaram no local, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, ele estava ao lado do corpo, e não resistiu a prisão.

De acordo com a polícia, ao chegar Delegacia de Homicídio, o assassino, se negou a falar e afirmou que só irá se pronunciar em juízo.

Leia a nota na íntegra:

Em plena véspera de Natal, houve o covarde crime de feminicídio contra uma magistrada do RJ, pelo ex companheiro, na frente das filhas.
A Andes Mulher vem manifestar repúdio ao hediondo crime, além de combater, veementemente, a terrível pandemia de violência contra a mulher, sobretudo as mais vulneráveis.
A Andes Mulher pretende encampar a proposta de mudança na legislação vigente, para majorar as penas dos crimes de misoginia cometidos contra a mulher magistrada ou agente da Lei, pois tais ilícitos ocasionam insegurança pública.
Nos compadecemos com a família, amigos e os filhos, que terão sequelas para toda a vida.
Sigamos, na certeza de que a punição será exemplar. Confiamos nas justiças. Divina e dos homem.

Marcelo Buhatem
Des Presidente da ANDES

Regina Lúcia Passos
Des. TJRJ. Andes-Mulher.

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