Epidemia em Minas

Zema decreta emergência após 14,5 mil casos de dengue e chikungunya

Decreto do governador de Minas Gerais visa conter arboviroses que causaram 11.490 casos de dengue e 3.067 de Chikungunya

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O jornal britânico The Telegraph publicou nesta segunda-feira (18), uma matéria criticando o surto de dengue sem precedentes que surgiu no Brasil. (Foto: Raul Santana/Fiocruz)

Temendo pelo impacto econômico e social historicamente relacionado às doenças causadas pelo mosquitos aedes aegypti em Minas Gerais, o governador Romeu Zema (Novo) decretou situação de emergência na saúde estadual, por 180 dias. O objetivo do decreto publicado neste sábado (27) é flexibilizar a burocracia para combater uma epidemia com ocorrência simultânea de 11.490 casos de dengue e 3.067 de Chikungunya, somente nas primeiras três semanas deste ano de 2024.

Zema justifica sua decisão com o argumento de que Minas Gerais registrou um aumento significativo de casos e vítimas fatais das arboviroses, em 2023, sendo 327.238 casos de dengue, com 204 mortes. Enquanto que, até o último dia 22 deste ano, já são 32.316 casos prováveis da doença, fora os 11.490 casos confirmados, e 14 óbitos em investigação e um óbito confirmado no estado.

Outra preocupação é a predominância da circulação do sorotipo 1 de dengue e ainda a detecção, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, do sorotipo 3, após mais de 15 anos sem circular na forma epidêmica no Brasil. Bem como o aumento das solicitações de internação no Estado, por casos graves de dengue com complicações.

O decreto flexibiliza a burocracia para aquisição de insumos e materiais e a contratação de serviços para atender a situação emergencial. E também institui um Centro de Operações de Emergências de Arboviroses, para monitorar e gerir a situação de emergência no estado, sob a coordenação da Secretaria de Saúde de Minas Gerais.

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