'Ignora democracia'

Zema considera ‘inaceitável’ aval do governo Lula à posse de Maduro

Governador mineiro critica presença de representante do Brasil à posse do ditador da Venezuela

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Governador de Minas Gerais, Romeu Zema (MDB). Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG/Arquivo

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) criticou a decisão do governo de Lula (PT) de enviar represente do Brasil para a posse do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, nesta sexta-feira (10).

Para o político mineiro de direita, o governo da esquerda brasileira ignorou a vontade popular, os direitos humanos e a democracia, ao apoiar um presidente acusado de fraude eleitoral e repressão à oposição.

Zema critica o fato de o Brasil governado pelo PT decidir prestigiar a cerimônia que tenta legitimar o autoritarismo do regime do ditador Maduro, com a presença da embaixadora brasileira em Caracas, Glivânia Oliveira. Gesto que ocorre apenas dois dias após Lula “abraçar a democracia”, em ato político-partidário contra os ataques que ameaçaram o resultado das urnas brasileiras, em Brasília.

A nova relativização da democracia ocorre sob a alegação de que o Brasil “cumpre o ritual diplomático de relação entre Estados”.

“É inaceitável o governo federal apoiar um presidente acusado de fraude eleitoral e repressão à oposição. O envio de representante do Brasil à posse de Maduro, na Venezuela, ignora a vontade popular, direitos humanos e a democracia. Sempre defenderei a Democracia e a Liberdade”, escreveu Zema, nas suas redes sociais.

Maduro assume o 3ª mandato consecutivo, após suceder, em 2013, o então presidente Hugo Chávez, do qual foi vice. O ditador que governa por decreto, com poderes especiais, tem como marca de seu regime a crise devastadora socioeconômica da Venezuela que ampliou a miséria e a fome, a inflação e a criminalidade.

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