Roubo de identidade

Fraudes digitais crescem 1,2% no Brasil, com 8 milhões de vítimas

Estudo da empresa FICO expõe alta em roubos de identidades para fraudes, e 44% considerando normal inflar renda, em 2023

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Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

Uma pesquisa da empresa FICO, divulgada nesta segunda-feira (18), alertou que 8 milhões de brasileiros já foram vítimas de roubo de identidade e fraude, um crescimento de 1,2% em relação à última edição da pesquisa publicada em 2022. A pesquisa também expôs que 44% dos brasileiros consideram normal cometer fraude pessoal, inflando renda para conseguir mais crédito e benefícios.

Além dos 5% que responderam terem sido vítimas das fraudes, outros 19% afirmam que “provavelmente” (9%) ou “que seja possível” (10%) terem caído nesse tipo de golpe.

Fraudes envolvendo o uso da identidade para abertura de uma conta por um golpista é a que mais desperta apreensão entre 34% dos brasileiros.

Mesmo com alta no número de roubo de identidade, 62% dos brasileiros dizem ser “improvável” terem sido vítimas (31%) ou “com certeza” não foram expostos a esse tipo de ação (31%).

Segundo o estudo “Fraude, identidade e banco digital”, da empresa líder global de softwares de analíticos, a proteção contra fraude continua a ser um diferencial competitivo para os bancos.

Para 35% dos brasileiros ter ciência dos esforços das instituições financeiras para mitigar riscos pode ser decisivo na abertura de uma nova conta bancária.

Já para 75% dos entrevistados, o combate à fraude está entre os três principais pontos avaliados para a tomada de decisão.

“A cada nova tecnologia desenvolvida para combater fraudes, há um fraudador testando novas formas de burlar o sistema. O uso de ferramentas que contribuam para o mapeamento da fraude em tempo real, como comunicação instantânea com os consumidores e novas formas de entendimento sobre o perfil comportamental de clientes são grandes aliados nos processos de combate à fraude”, disse Luis Silvestre, consultor de negócios da FICO.

Fraudes pessoais crescem no Brasil

A pesquisa também expôs que o brasileiro a cometer fraude pessoal, para conseguir mais crédito ou benefícios no mercado, inflando informações de renda. Tal enviesamento de informações é considerada uma ação normal para 44% dos entrevistados. O financiamento de imóveis e o financiamento de veículos são os que aparecem com maior percentual para a prática, com 25% e 23%, respectivamente. Em comparação a pesquisa anterior, esse formato de fraude cresceu 3%.

A pesquisa on-line consultou 1.000 adultos brasileiros em novembro de 2023, conduzida por empresa especializada. Além do Brasil, a pesquisa foi aplicada em outros 12 países, entre eles, México, Canadá, Colômbia, Índia, Filipinas, Espanha, Reino Unido e EUA, totalizando 13 mil entrevistas em nível global. (Com informações da FICO)

 

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