Ex-assessor de Lira nega serem seus os R$4 milhões apreendidos pela PF
CNN havia atribuído a informação à PF e se desculpou pelo erro, mas depois retirou post
Preso na Operação Hefesto, nessa quinta-feira (1º), Luciano Cavalcante negou serem de sua propriedade os R$ 4 milhões apreendidos pela Polícia Federal (PF) dentro de um cofre, que também continha medicamentos para impotência sexual.
O dinheiro que seria fruto de desvios milionários de verbas federais para o ensino público, em Alagoas, chegou a ser atribuído pela PF, segundo a CNN Brasil, ao ex-assessor parlamentar do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Por meio de nota, o advogado André Callegari, que defende Luciano Cavalcante, esclareceu que o cofre objeto da operação de hoje não foi encontrado em nenhum endereço de Luciano e tampouco pertence a ele. “Quanto aos demais pontos, a defesa já peticionou ao juiz pedindo acesso aos autos e confia que tudo restará devidamente esclarecido”, diz um trecho da nota.
Além da defesa do ex-assessor de Lira, a própria PF teria informado à CNN Brasil que os vídeos enviados à imprensa são referentes à apreensão realizada em endereço alvo de busca e apreensão na cidade de Maceió. E a emissora de telejornalismo pediu desculpas pelo erro, que atribuiu a fontes da PF, que teria recuado da informação inicial. A matéria intitulada: “Errata: PF volta atrás e diz que R$ 4 milhões não eram de ex-assessor de Lira” não está mais disponível para leitura na CNN Brasil.
A Operação Hefesto foi deflagrada contra uma organização criminosa que alcançaria lucros de até R$ 19,8 milhões dos cofres federais, com sobrepreço e crimes em esquema de fraude a licitações e lavagem de dinheiro. As ilegalidades na compra de kits para aulas de robótica foram identificadas em 43 prefeituras alagoanas, com prejuízo de R$ 8,1 milhões em superfaturamento já atestado pela Controladoria-Geral da União (CGU).