Prisão para 15 PMs

Corregedoria da PM prende policial acusado de matar delator do PCC

Operação Prodotes tenta prender 15 PMs de SP, suspeitos de integrar facção delatada por empresário morto no Aeroporto de Guarulhos

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Policial Denis Antonio Martins foi preso como suspeito de atirar em delator do PCC Vinícius Gritzbach (Foto: Reprodução G1)

A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo deflagrou, nesta quinta-feira (16), a Operação Prodotes, para cumprir 15 mandados de prisão contra PMs suspeitos de envolvimento com a organização criminosa PCC. Entre os alvos presos está o policial militar, Denis Antonio Martins, identificado como autor dos disparos que mataram o empresário Antônio Vinícius Gritzbach, delator da facção, no Aeroporto de Guarulhos, em 8 de novembro.

Os mandados são cumpridos em endereços da capital e Grande São Paulo, com a participação da força-tarefa instituída pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) do governo de Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) para identificar outros envolvidos e eventuais mandantes do crime contra Gritzbach.

“Os policiais militares passaram a ser investigados em março do ano passado, quando a Corregedoria recebeu uma denúncia sobre vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados à facção. A investigação evoluiu para um inquérito policial militar, instaurado cerca de sete meses depois, onde foi apurado que os envolvidos, entre militares da ativa, da reserva e até ex-integrantes da instituição, favoreciam membros de uma organização criminosa, evitando prisões ou prejuízos financeiros”, detalhou a assessoria de imprensa da SSP paulista.

Delator do PCC, Vinícius Gritzbach, foi executado no Aeroporto de Guarulhos. (Foto: Redes Sociais)

A pasta comandada pelo secretário Guilherme Derrite afirma que, entre os beneficiados pelo esquema, estavam líderes da facção, criminosos e foragidos da Justiça. E inclui o próprio Gritzbach como um dos criminosos favorecidos por escoltas ilegais dos policiais militares investigados pela ligação com o PCC. O empresário delator era acusado de envolvimento com lavagem de dinheiro e duplo homicídio, lembrou a SSP.

“Nada vai ficar sem a devida resposta. A operação de hoje mostra que a Polícia Militar não admite desvios de conduta. Estamos atacando o crime organizado em diferentes frentes”, disse o próprio secretário Derrite, à TV Globo, sobre a operação.

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