'Muito honrado'

Bolsonaro anuncia convite de Trump e pede a Moraes para ir à posse

Ex-presidente disse que seu advogado pediu devolução de passaporte para poder participar de evento histórico

acessibilidade:
Ex-presidente da República Jair Bolsonaro, em jantar com o então presidente dos Estados Unidos Donald Trump, em 2020. (Foto: Alan Santos/PR/Arquivo)

O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) confirmou, nesta quarta (8), ter recebido convite do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para participar de sua posse no próximo dia 20. Impedido de deixar o Brasil por suspeita de tentativa de golpe, Bolsonaro informou ter solicitado a liberação de seu passaporte ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexendre de Moraes, que apreendeu o documento em fevereiro de 2024.

Muito honrado em receber do Presidente dos EUA, [Donald Trump], convite para a sua posse e de seu Vice Presidente [JD Vance], no próximo dia 20/JAN [sic]”, escreveu Bolsonaro. “Meu Advogado, Dr. Paulo Bueno, já encaminhou para o Ministro Alexandre de Moraes pedido para eu reaver meu passaporte e assim poder atender a este honroso e importante evento histórico”, completou o ex-presidente, nas suas redes sociais.

A publicação inclui um vídeo em que a notícia é dada por seu filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que é elogiado pelo ex-presidente pelo “excelente trabalho nesta relação com a família do Presidente Donald J. Trump”.

O herdeiro político de Bolsonaro critica a tese de tentativa de golpe de estado do 8 de Janeiro de 2023, que completa dois anos hoje e tem seu pai como investigado por suspeita de chefiar a trama que envolveu a destruição das sedes dos Três Poderes da República, em Brasília (DF), mas não conseguiu interromper o mandato do presidente Lula, que derrotou o ex-presidente do PL, em 2022.

Em outubro de 2024, Bolsonaro teve negado seu pedido pela devolução do passaporte e pelo direito de sair do país, em decisão unânime dos ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, que mantiveram a decisão de Moraes. À época, o STF concordou com o argumento de Moraes de que não houve alteração no “quadro fático que tornou necessária a entrega do passaporte do acusado”.

Em novembro do ano passado, o ex-presidente foi indiciado pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado no país. Ele e mais 36, incluindo generais, foram apontados como suspeitos dos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado, e organização criminosa.

Veja a publicação de Jair Bolsonaro:

Reportar Erro