Surto

Sem vacina, arsenal anti-dengue inclui tinta e bactéria antimosquito

Fracasso da campanha de vacinação do governo Lula fez crescer a adoção de outras soluções contra o mosquito; aerossol, tintas e até bactéria

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O surto de dengue no Brasil, que já bateu recorde de casos e mortes em 2024, fez crescer o mercado de soluções alternativas no combate à doença e ao mosquito aedes aegypti, que espalha o vírus. E a promessa do governo Lula (PT) de vacinar a população foi um fracasso, já reconhecido até mesmo pela revista Nature. Neste cenário, a população e o mercado brasileiros têm adotado soluções alternativas na guerra contra o mosquito.

Desde uma bactéria que combate a proliferação do mosquito, até alternativas engenhosas, que já estão à disposição no mercado brasileiro, como uma tinta-inseticida, governos estaduais e municipais têm apelado para formas diferentes de lutar contra a doença.

O fumacê utiliza um larvicida biológico inofensivo aos humanos, mas com potencial de eliminar as larvas do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Uma ferramenta amplamente utilizada pelo poder público em todas as regiões do País é o “fumacê”, nuvem de fumaça com agrotóxico em quantidades reduzidas, que elimina a maior parte dos mosquitos presentes na região da aplicação. Entretanto, essa estratégia se concentra apenas em mosquitos adultos.

A tinta que também tem função de inseticida é a maior novidade dos últimos anos. Testes preliminares apontam uma taxa de 80% de mortalidade de mosquitos próximos a superfícies com a aplicação da tinta, que é segura para ambientes mais sensíveis como escolas ou postos de saúde. A tecnologia da tinta é espanhola e foi trazida ao Brasil pela empresa Inesfly, cujo produto garante dois anos de proteção contra os mosquitos.

TInta Carbapaint

A solução já é aplicada em fase de testes em diversos municípios, incluindo em Brasília (DF), onde unidades das Secretarias de Saúde e de Educação realizam testes com a nova tecnologia.

A bactéria “antimosquito” Wolbachia, utilizada em experiência no município de Niterói (RJ), reduziu em 70% os casos de dengue na cidade. A nova biotecnologia é inserida em mosquitos criados em laboratório e serve para bloquear a transmissão de doenças por novos mosquitos.

Mosquitos com Wolbachia. Foto: Flávio Carvalho/WMP Brasil/Fiocruz

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