Base comum de dado

Brasil quer ampliar parceria continental de enfrentamento ao crime

Objetivo é coordenar combate ao crime organizado na América do Sul

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O ex-ministro da Justiça foi preso após os atos de 8 de janeiro Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ ABr

O governo brasileiro propôs hoje (23), durante encontro ministerial entre países da América do Sul, uma aliança estratégica que, fazendo uso de uma base comum de dados, atue de forma mais coordenada no combate a organizações criminosas que atuam no continente.

A ideia, segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, é reunir agentes de todos os países no Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI), localizado no Rio de Janeiro, durante “pelo menos seis meses”, para o desenvolvimento de atividades específicas como ampliação da troca de dados de inteligência; realização de ações integradas; e planejamento de investigações conjuntas.

“A vinda e a estada no Rio de Janeiro desses agentes serão custeadas pelo Estado brasileiro”, disse o ministro ao anunciar a proposta hoje durante o encontro em Brasília. Segundo ele. A Polícia Federal brasileira apresentará aos países, em até um mês, uma proposta de plano de trabalho para esses agentes.

Torres defendeu a adoção de “novas ferramentas” para uma maior cooperação regional. “A colaboração ampliada no CCPI poderá ser uma dessas ferramentas, que se valerá do uso compartilhado de inteligência gerada por dados satelitais de georreferenciamento e de reconhecimento visual, para o mapeamento e a contenção do crime e da violência”, argumentou.

Ele acrescentou que o fortalecimento da cooperação regional poderá também impulsionar os trabalhos da Ameripol, uma espécie de polícia continental a ser institucionalizada, e pela troca de informações com a Interpol.

Dessa forma, acrescentou Torres, o continente dará um passo importante visando o estabelecimento de uma “nova ordem no enfrentamento ao crime organizado”. O encontro entre ministros encerrará nesta sexta-feira (24).(ABr)

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