Crime ameaça soberania

Deputado acusa Lula de compactuar com PCC para eliminar Moro

Alfredo Gaspar promete enfrentar mais de 40 mil vagabundos do PCC com lei ou das balas

acessibilidade:
Alfredo Gaspar pede basta à criminalidade e alerta PCC para enfrentamento com leis e com balas. Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

“O Brasil é o único País do mundo em que seu Presidente da República compactua com o mesmo objetivo do crime organizado: matar, ferrar, fu…, Sergio Moro”.  Esta acusação contra Lula (PT) abriu o duro discurso de ontem (22) do deputado federal Alfredo Gaspar (União-AL), na tribuna da Câmara dos Deputados, em defesa de uma reação forte contra a facção criminosa do PCC, que tinha um plano para matar o senador e ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro (União-PR).

Alfredo Gaspar defendeu que os 40 mil vagabundos do PCC devem ser combatidos pela lei e pela bala, pois ameaçam a soberania nacional. “PCC, vocês são formados por vagabundos! Nós vamos enfrentá-los com a força da lei! Mas, se for preciso, com a força das balas também!”, alertou o deputado, no discurso bastante aplaudido.

Com a experiência de ter chefiado uma redução histórica da violência em Alagoas, Alfredo Gaspar classificou como uma vergonha a ousadia do plano de morte de autoridades tramado pela facção criminosa e da fala de Lula que revelou esta semana que “só pensava em f… Moro”, quando preso em decorrência de condenação sentenciada pelo ex-juiz federal. A fala de Lula foi feita um dia antes da Operação Sequaz, que desbaratou ontem a trama mortal que mirava Moro, sua família e o promotor de Justiça paulista Lincoln Gakiya.

“O Parlamento assiste hoje cabisbaixo a atitude covarde do Presidente da República de dizer com palavras chulas que queria praticamente exterminar o símbolo maior do combate à corrupção neste País. Pior do que isso, o crime organizado, que só nessa facção chamada PCC tem mais de 40 mil vagabundos, bilhões de reais de lavagem de dinheiro por ano, tem demonstrado a incapacidade do Brasil em manter a sua soberania”, reagiu o deputado, ao criticar o que chamou de “pauta da esquerda de proteção a bandido”.

O Diário do Poder aguarda respostas ao pedido de posicionamento enviado à assessoria de imprensa da Presidência da República.

Sérgio Moro e família são alvos do PCC

Basta, pela vida de brasileiros decentes

Alfredo Gaspar conclamou as autoridades brasileiras a dar um basta no crime organizado, com legislação mais dura, citando seu projeto de lei que pretende obrigar assassinos de agentes de segurança, de autoridades e de seus familiares a cumprir 80% de sua pena, antes de ter acesso a progressão penal. Medida esta que é uma das consideradas pelo deputado como necessárias para evitar que Marcolas e Fernandinhos Beira-Mar continuem a dominar o Brasil com terrorismo diário de tráfico de drogas, tráfico de armas, lavagem de dinheiro e assassinatos.

“O Brasil precisa dar um basta. O Brasil precisa ser altivo. Dizia, enquanto Secretário de Segurança, entre 1 milhão de bandidos e 1 único decente cidadão brasileiro, nós temos que preservar o cidadão brasileiro! Que tomem quantos bandidos forem necessários! O Brasil não aguenta mais essa leniência!”, defendeu o deputado alagoano.

Ao citar o Rio Grande do Norte sitiado por ataques de outra facção criminosa, Alfredo Gaspar acusou o governo do PT de ser leniente com o crime. “Aonde nós vamos chegar? Quem é o próximo a tombar?”, questionou o parlamentar, ao lembrar do juiz Antônio Machado, que morreu pelas balas assassinas do PCC. “Agora, iria ser um promotor ou um ex-juiz, mas pode ser um Parlamentar ou qualquer cidadão brasileiro”, lamentou.

Alfredo Gaspar é ex-chefe do Ministério Público de Alagoas e ex-titular da Segurança Pública em dois períodos dos governos do senador licenciado Renan Filho, que é ministro dos Transportes de Lula. E já comandou o Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC), em 2018. Ele abandonou a carreira no MP de Alagoas, em 2020, para disputar o cargo de prefeito de Maceió, sendo derrotado pelo ex-deputado federal João Henrique Caldas, o “JHC” (PL).

Reportar Erro