Lava Jato

Visitas ao escritório de Youssef enrolaram Arthur Lira

Arthur Lira diz que nem sequer sabia que Youssef era doleiro

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O pedido de indiciamento do deputado Arthur Lira (PP-AL), formalizado pela Polícia Federal nesta terça-feira (1º), começou a ser construído com a descoberta de que sua fotografia registrada na portaria do prédio em São Paulo onde o doleiro Alberto Youssef, um dos personagens centrais da Operação Lava Jato, tinha escritorio. Segundo a PF, Lira fez duas visitas ao doleiro.

Arthur Lira confirmou que esteve mesmo duas vezes no escritório, mas para tratar de doações para a campanha ao Senado de seu pai, Benedito Lira (PP-AL), na disputa de 2010.  Ele contou haver recebido um telefonema de José Janene, então tesoureiro do PP, orientando-o a conversar com Youssef em seu escritório de São Paulo. Janene nem sequer teria mencionado o nome do doleiro, que identificou apenas como “primo”.

O deputado Arthur Lira, atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante da Câmara, diz ter ido lá sem saber que o tal “primo” se tratava do doleiro. Encontrou Youssef sozinho e afirma ter ouvido dele que seria “difícil” obter doações para o então candidato Benedito de Lira, seu pai, porque dificilmente ele conseguiria derrotar Renan Calheiros (PMDB) ou Heloísa Helena (PSOL), seus rivais na disputa por duas cadeiras no Senado por Alagoas. Arthur Lira diz que agradeceu o tempo de Youssef e foi embora.

O deputado relatou que semanas depois recebeu um novo telefonema em que José Janene disse que a doação finalmente aconteceria: a construtora Constran, atual UTC, doaria R$ 400 mil para a campanha de Benedito. Ele voltou ao escritório de Youssef, que ainda ignorava tratar-se de um doleiro, para tratar do recebimento dessa doação.

 

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