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Vencida no voto, oposição tenta barrar reforma trabalhista no grito

Ferraço foi cercado aos berros para impedir leitura do relatório

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Relator é acuado aos berros por petistasDurante reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), a oposição apresentou um requerimento para adiar a leitura do relatório da reforma trabalhista do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que é pela aprovação. Sem aprovação do adiamento, uma grande confusão se iniciou sobre manobras regimentais para impedir a votação do relatório.

O principal argumento da oposição é a crise criada pelas delações dos donos da J&F, que engloba a JBS, contra o presidente Michel Temer. Em contrapartida, PPS e PSDB já declararam que não vão paralisar a tramitação das reformas em andamento no Senado.

Em determinado momento, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) diz que "nós (oposição) não aceitamos a leitura" do relatório. Em resposta, o presidente da CAE, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) lembra a senadora que posições autoritárias não cabem na democracia e que esse tipo de atitude não será aceitável na comissão. "As decisões são feitas pela maioria", disse Tasso ao tentar passar a palavra para o relator.

Nesse momento, os senadores Fátima Bezerra (PT-RN), Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleisi, Humberto Costa (PT-PE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) se levantaram e foram aos gritos em direção a Ferraço para impedi-lo de ler o texto. Após expulsá-lo da cadeira no plenário, Ferraço foi chamado para se fazer a leitura de um assento à mesa da presidência. Quando estava chegando, foi empurrado pela senadora Fátima Bezerra que sentou-se no lugar a ser ocupado. Em seguida, o presidente suspendeu a sessão.

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