Propina da Odebrecht

TRF4 nega pedido de Lula para afastar Moro de processo

Desembargadores se negam a afastar Sérgio Moro do processo

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O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou nesta terça-feira, 5, mais um pedido do ex-presidente Lula para afastar o juiz Sérgio Moro de seus casos na Justiça. A defesa do petista solicita o impedimento alegando que o juiz da Lava Jato é parcial em suas decisões. As outras tentativas junto ao TRF4, julgadas em setembro e outubro, foram todas negadas.

"Esse recurso foi interposto contra acórdão do TRF4 que havia rejeitado a exceção de suspeição que apresentamos em desfavor do juiz Sérgio Moro. Os fatos que apresentamos não deixam dúvida de que o juiz perdeu não apenas a imparcialidade para julgar o ex-presidente Lula, como também a aparência de imparcialidade, que também é relevante para assegurar a legitimidade dos julgamentos realizados pelo Poder Judiciário", diz a nota enviada pela assessoria da defesa de Lula após o resultado do julgamento desta terça.

Moro é responsável em primeira instância pelo processo relativo ao recebimento de propina da Odebrecht pelo ex-presidente.

Lula é réu no processo juntamente com outras sete pessoas envolvidas no esquema. A suspeita é de que a empreiteira Odebrecht tenha pago, como propina, a compra de um apartamento em São Bernardo do Campo, em São Paulo, ao lado do imóvel onde o ex-presidente reside, e de um terreno, na capital paulista, para o Instituto Lula.

O ex-presidente é investigado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O valor do terreno girava em torno dos R$ 12 milhões, de acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, e no apartamento, R$ 504 mil teriam sido pagos.

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