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Toffoli afirma que implantação do registro civil é projeto de Estado

O RCN simplificará a identificação do cidadão em todo o Brasil

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, com a presidente Dilma Rousseff, participou do envio ao Congresso do projeto que institui o Registro Civil Nacional (RCN). A cerimônia foi realizada nesta quinta (28), no Palácio do Planalto. 

“A Justiça Eleitoral está pronta para mais este desafio”, afirmou Dias Toffoli. Com a implantação do Registro Civil Nacional, disse ele, “ganha o Estado brasileiro, ganha o cidadão”. Toffoli acentuou que: “Esse projeto não é de governo, de um poder, é um projeto de Estado”.

Toffoli informou que, atualmente, a estrutura operacional do TSE envolve um parque computacional moderno com uma rede de base de dados adequada e compartilhada com os tribunais regionais eleitorais, abrangendo mais de três mil pontos de atendimento.

Por sua vez, Dilma afirmou que o RCN “propicia um passo histórico, que vai proporcionar uma extraordinária mudança na vida dos brasileiros”. Disse ainda que “é preciso descomplicar a vida das pessoas e tornar a relação com o Estado mais simples. O RCN será instrumento fundamental para atingir esse objetivo”.

Pelo projeto de lei, a criação do Registro Civil Nacional, a ser centralizado e emitido pela Justiça Eleitoral, pretende simplificar a identificação do cidadão brasileiro em todo o país. A proposta estabelece que o RCN conterá as informações do cidadão desde o seu nascimento até o seu óbito (inclusive eventuais mudanças de estado e capacidade civil).

Além da presidente Dilma Rousseff e do ministro Dias Toffoli, participaram da solenidade o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, o vice-presidente da República, Michel Temer, o ex-presidente da República José Sarney, o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, e outras autoridades.

“O projeto é um desafio. Uma cooperação entre os poderes em benefício de uma ação de metas para o cidadão. Este projeto não é um gasto, é investimento”, disse o ministro Guilherme Afif Domingos.

O projeto

O Registro Civil Nacional tem por objetivo identificar cada brasileiro nato ou naturalizado desde seu nascimento ou naturalização em suas relações com a sociedade e com os órgãos e entidades governamentais e privados.

Caberá à Justiça Eleitoral atribuir a cada brasileiro um número de RCN e fornecer o documento, que terá fé pública e validade em todo o território nacional. Com ele, fica dispensada a apresentação dos documentos que lhe deram origem ou tenham sido mencionados.

O RCN utilizará a base de dados biométricos da Justiça Eleitoral, a base de dados do Sistema Nacional de Informações de Registro Civil e outras informações biográficas ou biométricas contidas em bases de dados da Justiça Eleitoral ou disponibilizadas por outros órgãos.

Será atribuição ainda da Justiça Eleitoral armazenar e gerir a base de dados do RCN e mantê-la atualizada. Além disso, deverá adotar providências para assegurar a integridade, disponibilidade, autenticidade e confidencialidade desses dados. O Poder Executivo da União, estados, Distrito Federal e municípios terão acesso à base de dados do RCN, com exceção das informações eleitorais.

O projeto cria, ainda, o Comitê do RCN, com a participação do Poder Executivo Federal e da Justiça Eleitoral. Caberá a esse comitê recomendar o padrão biométrico do RCN, o padrão do documento, e os documentos necessários para expedição do registro.

Pela proposta, também fica instituído o Fundo do Registro Civil Nacional (FRCN), vinculado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).  

Justiça Eleitoral

A Justiça Eleitoral aproveitará a ampla experiência que tem no Programa de Recadastramento Biométrico do Eleitor para implantar o RCN. Ela administra o maior cadastro de cidadãos de toda América Latina, que hoje conta com mais de 142 milhões de eleitores, sendo 24,5 milhões já registrados biometricamente. Possui estrutura operacional com parques computacionais modernos, disponíveis no TSE e em 27 TREs, sediados nas capitais dos estados e do Distrito Federal.

Abrange 3.033 cartórios eleitorais em todo o país. Dispõe ainda de rede de tráfego de dados adequada, envolvendo todos os cartórios, os TREs e o TSE. Sua estrutura de recursos humanos está presente em 3.925 pontos de atendimento. 

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