Bomba-relógio

Tensão na Síria pode levar a uma guerra internacional de grandes proporções

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Estados Unidos (EUA) e do Reino Unido estudam uma possível intervenção militar na Síria, caso seja comprovado o uso de armas químicas pelas tropas do ditador Bashar al-Assad. A crise piorou após um ataque ao comboio de inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) que ia visitar as vítimas. De acordo com o porta-voz britânico, o primeiro-ministro, David Cameron, é favorável a uma resposta militar. Informações do jornal norte-americano The Washington Post indicam que o presidente dos EUA, Barack Obama, já pensa em um ataque militar de curta duração.

Por outro lado, a Rússia, aliada da Síria e com poder de veto na ONU, já disse que uma ação em desacordo com o Conselho de Segurança das Nações Unidas será considerada uma agressão a diversos tratados internacionais. O Irã avisou que um ataque contra a Síria vai provocar “graves consequências” em “toda a região”. Israel, maior aliado americano, já demonstrou preocupação de que se torne alvo da Síria como forma de retaliação.

A Síria desmentiu o uso de armas químicas e o ministro de Relações Exteriores, Walid al Muallim, exigiu que as provas de tal conduta sejam expostas por quem acusa o país. ?Desafio a quem tenha uma prova sobre o uso de armas químicas por nossa parte, que a mostre à opinião pública mundial?, disse o ministro. Adicionalmente, Muallim ameaçou reagir violentamente a um possível ataque estrangeiro. ?Se nos atacarem, temos duas opções a disposição. Ou a rendição ou a defesa com qualquer meio necessário, e a segunda é a melhor opção?, acrescentou.

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