Combate ao crime

Temer sanciona lei que torna crime hediondo posse ou porte ilegal de fuzil

Presidente afirma que será feito um combate "feroz" à criminalidade

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O presidente Michel Temer sancionou nesta quinta-feira, 26, o projeto de lei que torna crime hediondo o port, a posse ilegal, o tráfico e o comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito às Forças Armadas, como fuzis, metralhadoras e submetralhadoras.

Crime hediondo é aquele considerado mais grave – como homicídio qualificado, latrocínio e estupro – e, por isso, a legislação prevê punições mais severas. O crime incluído nesta lista não permite, por exemplo, o pagamento de fiança para a libertação do criminoso. Além disso, a progressão de pena fica mais difícil.

Temer anunciou a sanção durante evento no Palácio do Planalto no qual a Prefeitura do Rio de Janeiro e a Caixa Econômica Federal assinaram um acordo de financiamento.

O autor do projeto, ex-senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), hoje prefeito da capital fluminense, era um dos convidados do evento.

"Na manhã de hoje sancionei esse projeto que impede o uso de armas de porte exclusivo do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, porque é isso que aflige o povo do Rio de Janeiro", disse o presidente.

A medida ocorre em meio à ação das Forças Armadas no Rio para o combate ao crime organizado.

Os índices de violência no Estado alcançaram número elevados neste ano, com a morte de mais de cem policiais, um a cada dois dias, além de homicídios e roubos em geral.

Nesta quinta-feira, um comandante e um policial militar foram mortos em troca de tiros.

Segundo o presidente, será feito um combate "feroz" à criminalidade.

"Vamos entrar cada vez mais em um combate feroz e necessário, na proporção de que a toda ação deve corresponder uma reação igual e contrária. Do tipo, quando era secretário de Segurança Pública em São Paulo, eu digo, não há como tratar bandidos com rosas nas mãos, você tem que responder à forma pela qual a bandidagem age", disse.

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