CONDOLÊNCIAS

Temer lamenta morte de Carlos Heitor Cony, que será cremado na terça

Local que remete à infância de escritor receberá cinzas de Cony

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O corpo do jornalista Carlos Heitor Cony deve ser cremado na próxima terça-feira (9), no Memorial do Carmo, segundo a Academia Brasileira de Letras (ABL), respeitando o desejo do imortal. Cony morreu ontem (6), aos 91 anos, no Rio de Janeiro, vítima de falência múltipla dos órgãos após dez dias de internação no Hospital Samaritano. O presidente Michel Temer (PMDB) manifestou pesar pela morte do jornalista e escritor.

Através de seu perfil no Twitter, Temer prestou condolências a familiares e amigos de Cony. E lembrou que o cronista da Folha era membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) e atuou nos principais jornais e revistas do Brasil.

“É com tristeza que recebo a notícia da perda de Carlos Heitor Cony, um dos mais cultos e preparados pensadores nacionais”, disse Temer, em seu Twitter

Cony morreu aos 96 anos após falência múltipla dos órgãos (Foto: ABL)

Segundo a ABL, como a morte ocorreu em um fim de semana, procedimentos jurídicos e administrativos terão que ser resolvidos nesta segunda-feira (8). Após a cremação, suas cinzas devem ser lançadas em um local que remete a sua infância.

Também a pedido do jornalista, seu corpo não foi velado na sede da academia. A amiga e também jornalista Rosa Canha disse que Cony desejava uma cerimônia íntima. "Ele não queria velório, não queria missas nem nenhum tipo de homenagens. Ele pediu muito que fosse uma cerimônia apenas para a família". 

Carlos Heitor Cony nasceu no Rio em 14 de março de 1926. Durante sua carreira, colaborou com alguns dos principais jornais do país e venceu por três vezes o Prêmio Jabuti, com os livros Quase Memória, A Casa do Poeta Trágico e Romance Sem Palavras. Ele também conquistou o Prêmio Machado de Assis, em 1996. O jornalista e escritor foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras em março de 2000. 

Em entrevista à Rádio MEC, o jornalista e escritor Cícero Sandroni, também integrante da ABL, ressaltou o trabalho e a coragem do amigo, durante os anos do regime militar no Brasil.

"Ele foi uma espécie de arauto da consciência da liberdade e de direitos humanos no Brasil naquela época. e não era só um crítico do governo. Era um crítico também da condição humana, do consumismo e de tudo isso que transforma o homem não em um ser sujeito, mas eu um ser objeto". (Com informações da Agência Brasil)

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