Relatório aponta situação precária nas delegacias de Alagoas

Delegacia de São José da Laje

O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol ? AL) apresentou nesta quinta-feira (02), um relatório que aponta a situação precária de 34 delegacias distribuídas na capital e no interior do estado.  De acordo com o presidente do Sindpol, Josimar Melo, o sindicato detectou falta de efetivo e estrutura física, desvio de função e insalubridade nas delegacias alagoanas.

A maior concentração de delegacias superlotadas está no interior do estado. Em uma pequena sala, em Anadia, funciona o gabinete do delegado, o cartório e o alojamento. No espaço é comum a presença de barbeiros e escorpião. O Sindpol aponta que o armamento é insuficiente e que encontrou apenas um policial para atender a população.

As grades da Delegacia de Menores, no bairro de Jacintinho em Maceió, estão com problemas e as celas foram arrombadas em um motim. Menores infratores fizeram buracos nas paredes. O número de policias que trabalham na delegacia é insuficiente para atendimento ao público. Apenas um banheiro está funcionando, dois estão interditados.

Na Delegacia de Campo Alegre, apenas um agente de polícia está disponível para atender a população e fazer diligência na cidade. Esse mesmo agente é desviado de sua função constitucional para trabalhar como carcereiro. O Sindipol solicitou a retirada dos seis detentos à Promotoria e à Comarca da Justiça da cidade.

O relatório ainda chama atenção para as péssimas condições de trabalho nas delegacias de Atalaia, Cacimbinhas, Cajueiro, Colônia Leopoldina, Central de Flagrantes, Craíbas, Delegacia de Homicídios, Delmiro Gouveia, Girau do Ponciano, Igaci, Japaratinga, Joaquim Gomes, Maragogi, Mata Grande, Matriz de Camaragibe, Minador do Negrão, Murici, Novo Lino, Ouro Branco, Palmeira dos Índios, Paulo Jacinto, Penedo, Porto Calvo, Santana do Ipanema, Santana do Mundaú, São José da Laje, São Luiz do Quintude, São Miguel dos Campos, Teotônio Vilela, União dos Palmares e Viçosa.

O Sindpol solicitou, em 2011, que o Ministério Público apurasse os indícios de irregularidades nas reformas do 2º Distrito Policial, do 3º Distrito Policial, do 9º Distrito Policial, da Barra de São Miguel, do 6º Distrito Policial, do 7º Distrito Policial, do 12º Distrito Policial, do 22º Distrito Policial e do 24º Distrito Policial. Destas, foram concluídas as reformas em Barra de São Miguel, 2º DP, 3ºDP e 9º DP Em todas, as reformas se resumiram na troca de pisos, pinturas e revestimentos. O Ministério Público arquivou o processo que apurava as supostas irregularidades.  O estado não realiza concurso para policial civil desde 2002.