Vitimização

Senadora ré Gleisi acusa Moraes de liderar “caçada aos petistas”

Indicado disse que repreensão em SP foi contra quem "ateou fogo em pneus"

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O ministro licenciado da Justiça, Alexandre de Moraes, indicado pelo presidente Michel Temer para a vaga no Supremo Tribunal Federal, continua firme no propósito de não se manifestar sobre o Partido dos Trabalhadores.

Instado a falar sobre o tema repetidas vezes pela tropa de choque do PT – Lindbergh Farias, Vanessa Grazziotin e Gleisi Hoffmann -, Moraes sempre fugiu da resposta sob a alegação de que não pode se manifestar sobre um assunto que eventualmente poderá julgar no STF.

Última a falar antes do intervalo declarado pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça, o peemedebista Edison Lobão, a senadora Gleisi Hoffmann pressionou Moraes: "é importante que todos nós saibamos qual será tua postura no Supremo, uma vez que à frente do Ministério da Justiça o senhor liderou uma caçada aos petistas".

Com humor e certa ironia, o sabatinado respondeu friamente a senadora. "As operações deflagradas pela Polícia Federal ao longo dos nove meses em que estive à frente do ministério afastam qualquer conotação política em minha atuação, diversos partidos foram alvos de medidas judiciais neste período".

E completou: "não me sinto constrangido e nem vejo porquê me declarar suspeito ou impedido de realizar qualquer julgamento. Se for aprovado por vocês, julgarei e avaliarei cada um dos casos de acordo com os Códigos de Processo Civil e Penal, conforme determina a lei".

Após a resposta de Moraes, o senador Lobão declarou o intervalo de dez minutos. Na volta, a sessão será retomada com a fala da senadora Marta Suplicy.

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