Acabou a omissão covarde

Ferraço acha que diplomata brasileiro deve ser protegido e até homenageado

Senador Ricardo Ferraço adverte o Itamaraty para não punir o diplomata

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O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), afirmou ao Diário do Poder, nesta segunda-feira, em tom de advertência ao Itamarty, que o diplomata Eduardo Saboia, ministro conselheiro da embaixada do Brasil em La Paz, “deve ser protegido e até homenageado, jamais punido”, por sua decisão de ajudar na fuga do senador oposicionista boliviano Roger Pinto, que se encontrava há 452 dias asilado na representação brasileira à espera de uma atitude do governo Dilma e do seu ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.

Em entrevista à Rádio Senado, Ferraço reforçou que Molina tem direito a asilo político por ter sido submetido a condições desumanas nos 452 dias em que ficou na Embaixada brasileira na Bolívia.

?Quando recebi o comunicado do ministro Eduardo Saboia de que Molina corria o risco de morte, não tive efetivamente outra iniciativa, porque não sei ser omisso quando um semelhante passa por uma dificuldade como essa. Foi um ato de solidariedade humana?, contou o parlamentar brasileiro.

O senador boliviano contará nesta terça-feira (27) o drama de viver confinado em um quartinho da embaixada brasileira em La Paz, depois de acusações mútuas entre ele e o governo de Evo Morales. A entrevista está marcada para as 15h, na sala 7 da Ala Alexandre Costa.

Molina desembarcou à 1h10 deste domingo (25) no aeroporto internacional de Brasília acompanhado por Ferraço. Ele deixou La Paz em um carro da embaixada brasileira e viajou 1.600 quilômetros até Corumbá (MS), por autorização do chefe de chancelaria, ministro Eduardo Saboia, que substitui temporariamente o embaixador Marcel Biato. (Com Naira Trindade, do DP)

 

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