Ainda esta terça

Senador já acertou com presidente da Casa instalação da CPMI da JBS

Intenção de Ataídes Oliveira é convocar membros para reunião ainda nesta terça

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O senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) disse, nesta terça (5), que já acertou com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar a JBS. Segundo o senador tucano, ficou acertado com Eunício que a CPMI será instalada ainda nesta tarde. Como foi um dos responsáveis pela convocação da CPMI, Oliveira deve assumir a presidência do colegiado.

A intenção de Ataídes Oliveira é convocar os membros da CPMI para uma reunião ainda nesta terça e colocar em votação requerimentos para convocação dos envolvidos. "Devo assumir a presidência da CPMI, como é de praxe, e imediatamente vou colocar diversos requerimentos em votação. Estou com requerimentos para convocar Rodrigo Janot (procurador-geral da República), Marcelo Miller, os irmãos Joesley e o executivo Ricardo Saud", explicou.

Como se trata de uma CPMI, caso os requerimentos sejam mesmo aprovados, as autoridades são obrigadas a comparecer à comissão para prestar esclarecimentos. A única preocupação de Ataídes Oliveira é quanto ao quórum mínimo para que a votação seja realizada ainda nesta terça. O parlamentar disse também que vai indagar o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso.

A reportagem procurou o presidente do Senado para confirmar a informação, mas não conseguiu contato com o peemedebista até a publicação desta matéria. A assessoria de imprensa de Eunício Oliveira disse não ter informações sobre a instalação da CPMI.

Até estas segunda (4), a CPMI da JBS era dada como morta pelos próprios parlamentares, mas ganhou sobrevida com o anúncio feito por Janot. Isso porque o procurador-geral da República mandou investigar a "omissão" de informações em delação da JBS.

"Áudios com conteúdo grave, eu diria gravíssimo, foram obtidos pelo Ministério Público Federal na semana passada, precisamente quinta-feira, às 19h. A análise de tal gravação revelou diálogo entre dois colaboradores com referências indevidas a Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal. Tais áudios também contêm indícios, segundo esses dois colaboradores, de conduta em tese criminosa atribuída ao ex-procurador Marcelo Miller", disse o procurador em pronunciamento. (AE)

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