Renan diz que decisão do STF de suspender operação da PF 'fala por si só'
Teori anulou temporariamente ação que prendeu policiais do Senado
Depois de quase uma semana trocando farpas com o Judiciário e o Ministro da Justiça Alexandre de Moraes, o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) foi econômico nas palavras ao comentar a liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, que suspendeu a operação que prendeu quatro policiais legislativos no Senado e realizou busca e apreensão de documentos e equipamentos nas dependências da Casa na sexta-feira, 21.
"Recebo a notícia com humildade. A decisão fala por si só", afirmou Renan. O presidente do Senado, que está em Alagoas para compromisso locais, preferiu não fazer mais comentários sobre o assunto e informou que volta a Brasília nesta sexta-feira, 28, para encontro com Michel Temer, a presidente do STF, Carmen Lúcia, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o ministro da Justiça.
Em reação à ação da PF, na segunda-feira, 24, Renan chegou a dizer que a operação não poderia ter sido autorizada por um "juizeco" de primeira instância. A operação de sexta-feira foi autorizada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília.
Na quarta-feira, 26, o presidente do Senado anunciou um pacote de ações jurídicas em retaliação. Em Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) protocolada no STF, o Senado pediu a devolução dos materiais levados em apreensão pela Polícia Federal e uma determinação de que apenas o Supremo pudesse autorizar ações semelhantes nas dependências do Congresso Nacional. (AE)