Fim dos trabalhos dia 23

Relator quer fim da CPI da Petrobras no prazo regimental

Fim dos trabalhos é dia 23, mas deputados querem prorrogar

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O relator da CPI da Petrobras, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), disse que pode apresentar o relatório final da comissão na próxima segunda-feira (19) à noite.

Ele condicionou a apresentação nesta data à entrega dos relatórios setoriais dos sub-relatores da CPI até amanhã.

Luiz Sérgio defendeu o fim dos trabalhos da CPI dentro do prazo regimental, que é o dia 23 de outubro. Mas integrantes da comissão defendem a prorrogação dos trabalhos.

“Se a CPI não for prorrogada nós não estaremos cumprindo nosso papel”, disse o deputado Altineu Côrtes (PR-RJ), um dos sub-relatores.

O deputado Ivan Valente (Psol-SP) defendeu a prorrogação da CPI da Petrobras por 120 dias, como previsto em requerimento apresentado pelo deputado Onyx Lorenzoni (Psol-SP). Para que a CPI seja prorrogada, o requerimento tem que ser aprovado em Plenário.

Valente defende a convocação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para explicar se procedem informações da Procuradoria Geral da República a respeito da existência ou não de contas dele na Suíça.

“Ele veio aqui e mentiu para a CPI, dizendo que não tem contas além das declaradas por ele no Imposto de Renda. Além disso, disse que poderia vir fazer esclarecimentos sempre que chamado”, disse Valente, que apresentou na comissão o áudio do depoimento espontâneo em que Cunha anuncia este compromisso.

O deputado João Gualberto (PSDB-BA) acusou Valente de ser “linha auxiliar do PT”. “O senhor sabe que o Petrolão [esquema de corrupção na Petrobras] teve origem no PT e nunca quis chamar o Lula, mas insiste em chamar o presidente da Câmara”, disse.

O relator da CPI também se disse contrário à convocação. Luiz Sérgio disse que a CPI não é o local adequado para o depoimento dos políticos investigados pela Operação Lava Jato. “O local adequado para isso é o Conselho de Ética, como acertadamente o Psol fez ontem, ao protocolar representação contra o presidente da Câmara”, disse. (Agência Câmara)

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