Ranfolfe vê semelhança da luta da PGR na Lava Jato com guerras medievais
Formado em História, senador faz paralelo com operação Lava Jato
Um grupo de parlamentares visitou nesta quarta-feira, 18, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para manifestar apoio ao trabalho do Ministério Público Federal na Operação Lava Jato. O procurador se mostrou pronto para enfrentar qualquer tipo de pressão durante as investigações. "Encontramos uma fortaleza. Não está abalado sob nenhum tipo de pressão", disse o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
O líder do PSB no Senado, João Capiberibe (AP), disse que Janot assegurou aos parlamentares que a apuração do caso é "técnica e absolutamente isenta". Janot afirmou que a opção por pedir abertura de investigações e não oferecer denúncia diretamente nos casos envolvendo políticos foi uma questão de cautela. "Cautela e canja de galinha não fazem mal", teria dito o procurador ao grupo.
Durante o encontro, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), historiador por formação, observou:
— O que está acontecendo com o senhor, dr. Janot, é o que ocorria nas guerras antigas…
— Nas guerras das monarquias absolutistas? — emendou o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ), também formado em História.
— Não, Chico, guerras ainda mais antigas, da época medieval – respondeu Randolfe – Tempos em que o rei, quando não gostava da mensagem recebida, mandava cortar a cabeça do mensageiro — lembrou Randolfe.
Todos riram.