Randolfe se diz único esquerdista da corrida eleitoral
Para ele, sua candidatura é a única que poderá retirar os "figurões da política brasileira"
O pré-candidato do PSOL à presidência da República, senador Randolfe Rodrigues, afirmou neste sábado (17) que sua candidatura é a única que poderá retirar os “figurões da política brasileira”. Segundo ele, todos os tradicionais políticos devem comandar o país, independente de quem for eleito: Dilma, Aécio ou Eduardo Campos. “Nossa candidatura é a alternativa à esquerda, a essa falsa polarização entre o conservadorismo do PSDB e o pragmatismo do PT”, disse. “Queremos oferecer ao Brasil a possibilidade de ver algumas figuras na oposição pela primeira vez após 25 anos. Sarney, Maluf, Renan, Severino Cavalcanti, essa turma que há 25 anos governa o Brasil, só não governará com o PSOL no governo”, completou.
O PSOL conta hoje apenas com Randolfe no Senado e outros três deputados na Câmara, mas, ainda assim, o parlamentar garante que, se não fosse o partido, diversos casos de corrupção teriam passado em branco. Ele deu como exemplo a cassação do ex-senador Demóstenes Torres, quando, segundo ele, o PSOL atuou com perseverança. “Sem o PSOL, não teríamos ninguém para resistir à reforma da previdência, para combater a homofobia, para, mais recentemente, pressionar pelo veto à anistia às multas aos planos de saúde”, garante.
Randolfe declarou ainda a jornalista que bota a mão no fogo pela legenda e garante que o PSOL no poder não será “convertido à direita”, como aconteceu com o Partido dos Trabalhadores (PT). “Se isso acontecer, a gente sai e faz outro partido”, brincou. “É lógico que tem que ter governabilidade. Governamos uma capital, temos que dialogar com o parlamento, sabemos disso, mas o que ocorre com os governos é que a governabilidade se torna dona deles e as bases de governo tornam-se donas do governo”, explicou.
O pré-candidato também declarou que vai abrir mão de doações de empresas para sua campanha eleitoral. A ideia, segundo ele, é abrir os olhos da população sobre os recentes escândalos envolvendo doações aos partidos políticos. “Vamos priorizar as doações de pessoas físicas. Vetaremos doações de latifundiários, banqueiros e empreiteiras. Outras doações que não estejam neste grupo, analisaremos com critério”, disse.