MERCOSUL

Quinteto do faz-de-conta

O cocaleiro suspeito, damas em queda e o ilegítimo: o Mercosul morreu

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A presença da presidenta Dilma Rousseff na reunião de cúpula em Montevideu, nesta sexta-feira, dificilmente contribuirá para salvador o Mercosul do fracasso. É que somente o Brasil ainda leva um pouco a sério o princípio do livre-mercado que jamais foi obedecido pela argentina, contumaz descumpridora de acordos bilaterais e multilaterais. Na prática, sºo falta enterrar o Mercosnul solenemete.

Além disso, os países-membros são chefiados por figuras que definitivamente passam por maus bocados, como é o caso do cocaleiro Evo Mrales, presidente da Bolívia, que foi submetido a uma humilhação internacional inédita, quando seu avião foi impedido de sobrevoar o espaço aéreo de vários países europeus, em razão da suspeita de que ele transportava clandestinamente o americano Edward Snowden, ex-agente da ANS, a agência nacional de segurança do governo dos Estados Unidos, que denunciou o esquema internacional de espionagem contra diversos países. Ninguém leva a sério o cocaleiro, mundo afora.

Já a argentina Cristina Kirchner, tanto quanto Dilma, enfrenta queda vertiginosa de popularidade, em razão dos percalços na economia (baixo crescimento e desemprego em disparada) e porque foi flagrada mentindo ao FMI, isso sem falar na perseguição que ele faz à imprensa independente do seu país.

O chefe de governo em situação menos vexatória é o anfitrião, Jose Mujica, figuraça que não alterou a rotina após sua arrebatadora eleição para presidente do Uruguai: até hoje se locomove em seu fusca velho e mora em um modesto sítio nos arredores de Montevideu. A quinta personalidade da reunião do Mercosul é o novo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que chegou ao cargo sob sílidas suspeitas de fraude no processo eleitoral.

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