Promessas para 2016

Queremos trazer inflação a 4,5%, afirma Tombini

Presidente afirmou que o BC está 'totalmente comprometido'

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O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que a autoridade monetária está "totalmente comprometida" em trazer a inflação para o centro da meta (4,5%) no fim de 2016. Em entrevista a jornalistas após o encerramento do XVII Seminário de Metas para Inflação, no Rio, ele reafirmou que o BC fará o que for necessário para cumprir esse objetivo.

"O Banco Central está totalmente comprometido em trazer IPCA para 4,5% no fim de 2016. A função do Banco Central é evitar que essa inflação se propague para horizontes mais longos. Faremos o que for necessário para que a inflação atinja a meta em 2016", disse Tombini.

Tombini afirmou ainda que os ajustes que estão sendo promovidos na economia brasileira, especialmente na área fiscal, contribuem para o sucesso da política monetária. "Uma política fiscal consistente favorece o trabalho do Banco Central. A política fiscal bem ajustada vai auxiliar o País na retomada do crescimento sustentável", afirmou o presidente do BC.

A presença da diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, também foi saudada por Tombini. "O discurso da madame Christine Lagarde foi de apoio às medidas tomadas no Brasil", afirmou o presidente do BC, citando os ajustes de preços e na área fiscal.

O Banco Central vê avanços na ancoragem das expectativas para a inflação, mas considera que as conquistas até agora não são suficientes. Por isso, Tombini reiterou diversas vezes em sua fala que "é necessário manter a política monetária vigilante".

"Estamos testemunhando alguns avanços. Por exemplo, observamos recentemente, uma pequena mas contínua redução das expectativas de inflação para 2016, confirmando o que já observávamos para os anos subsequentes", disse Tombini. Segundo ele, os avanços estão baseados no compromisso firme da política monetária com a convergência e na eliminação de incertezas que pairavam sobre o realinhamento de preços administrados.

"Mas, como tenho também reiterado, os avanços alcançados no combate à inflação, a exemplo desses sinais mais favoráveis vindos de indicadores de expectativas de médio e longo prazos, contudo, ainda não se mostram suficientes. Por isso, faz-se necessário manter a política monetária vigilante", frisou Tombini.

"Com essa postura consistente com o quadro de ajustes da nossa política macroeconômica, conseguiremos assegurar a convergência da inflação para a meta de 4,5% em dezembro de 2016", acrescentou o presidente do BC.

Segundo Tombini, o reajuste dos preços administrados e o realinhamento do câmbio são "dois processos de ajustes de preços relativos". "Esses ajustes de preços pressionam a inflação mensal no curto prazo, fazendo com que essa atingisse patamar elevado no primeiro trimestre do ano, acumulando variação de 3,8% naquele período. Desde o mês de abril, entretanto, observamos a inflação mensal em patamar inferior ao registrado nos três primeiros meses do ano", afirmou.

"Como tenho reiterado, cabe à política monetária o dever de conter os efeitos de segunda ordem decorrentes dos ajustes de preços relativos ora em curso. É fundamental para o sucesso do nosso processo de ajustes em 2015 e para as perspectivas de iniciar um novo ciclo de crescimento sustentável mais à frente, que esse cenário de convergência se materialize como resultado da vigilância da política monetária", disse Tombini. (AE)

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