Corrupção sem limites

PT fez de otário o dono da Odebrecht: 'eu era o bobo da corte'

Odebrecht fez obras que não pediu só para dar dinheiro à gang

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Marcelo Odebrecht disse em depoimento à Justiça Eleitoral, nesta quarta-feira (1), que se sentia o "bobo da corte" do governo federal, tendo sido obrigado a entrar em projetos que não desejava e a bancar repasses às campanhas eleitorais sem receber as contrapartidas que julgava necessárias. "Eu não era o dono do governo, eu era o otário do governo. Eu era o bobo da corte do governo", disse Marcelo. 

No depoimento, Odebrecht falou ainda sobre a "naturalidade" do caixa 2 em campanha eleitoral, defendeu a legalização do lobby e deixou claro que a Odebrecht não era a única empresa a usar doações para conquistar apoio político. O caixa 2, segundo ele, envolve pagamento de propinas.

Marcelo foi preso em junho de 2015, no âmbito da Operção Lava Jato, acertou delação premiada, e deve permanecer na carceragem da Polícia Federal em Curitiba até o final deste ano.

Ele também se mostrou incomodado por divergências com seu pai, presidente do Conselho de Administração do Grupo Odebrecht, Emilio Odebrecht, quanto a projetos em que a empresa apoiava o governo.

O ex-presidente da empreiteira foi ouvido pelo ministro Herman Benjamin, relator da ação que tramita no Tribunal Superior Eleitoral e investiga a chapa formada por Dilma e Michel Temer na campanha eleitoral de 2014.

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