Tentativa de pacificar

Presidente da Tim renuncia após disputa entre americanos e franceses

Arnaud De Puyfontaine disse que renúncia visa pacificar empresa

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O presidente da TIM, Arnaud De Puyfontaine, e outros sete membros do conselho de administração da empresa renunciaram aos cargos nesta quinta (22) após embate entre a gestora de investimentos Elliott Management (EUA), que busca reduzir o poder do grupo francês Vivendi na companhia.

A renúncia foi anunciada durante análise de proposta da Elliott para revogar os mandatos de seis conselheiros nomeados pela Vivendi, tendo como substitutos executivos italianos considerados "independentes".

De acordo com a decisão, as saídas têm efeito a partir de 24 de abril, dia da próxima assembleia de acionistas da TIM, com a eleição de um novo conselho no dia 4 de maio. "Nas vestes de presidente da TIM e no interesse de todos os acionistas, quero tirar o conselho do clima de incerteza que se criou", afirmou De Puyfontaine, também CEO da Vivendi, em sua carta de renúncia. Puyfontaine classificou o fato de aceitar as renúncias dos conselheiros como um "ato concreto de responsabilidade".

Nas últimas semanas, a Elliott vem acumulando ações na Telecom Italia, controladora da TIM, para fazer frente ao domínio da Vivendi, que tem 23,94% da empresa italiana e nomeou seu presidente e seu CEO (Amos Genish). O objetivo da gestora norte-americana seria apresentar um plano industrial próprio. Atualmente, a participação da Elliott na TIM é pouco superior a 5%, e a gestora acusa a Vivendi de realizar uma "péssima gestão" da empresa de telefonia. Já os franceses dizem que os norte-americanos querem "desmantelar" a TIM. (Com Ansa)

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