Presidente da Petrobras diz que quer 'acelerar venda de ativos' em 2016

A Petrobras vai continuar a buscar linhas de financiamento "atrativas" em 2016, disse o presidente da petroleira, Aldemir Bendine, em encontro com a imprensa na terça-feira, 15. A empresa vai precisar recorrer a agentes financeiros que ofereçam prazos mais longos e que permitam à empresa abater a dívida em dólar, como ocorreu neste ano. Em 2015, a Petrobras conseguiu reduzir em 5% o endividamento em dólar, disse o executivo, que prometeu vender ativos em um ritmo "mais rápido" em 2016. A Petrobras sofre com a crise causada pela roubalheira desvendada pela Operação Lava Jato.

A melhora do perfil da dívida e a aceleração dos desinvestimentos são as duas principais ferramentas contra a crise. Apesar da descrença do mercado, Bendine reafirmou o plano de arrecadar US$ 15,1 bilhões com a venda de ativos em 2016. Por enquanto, o único negócio que saiu foi a venda de 49% da Gaspetro, da área de distribuição de gás natural, por R$ 1,9 bilhão, para a empresa japonesa Mitsui. 

Mas esse negócio ainda não foi sacramentado: para assinar o contrato, a Petrobras precisa chegar a um acordo com o governo da Bahia, que entrou na Justiça para embargar a venda da Gaspetro, com receios  de que a Mitsui passe a dificultar investimentos de expansão da rede do Estado.