Premiê japonês não pede desculpas pela 2ª Guerra e quebra tradição de 20 anos
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, não pediu desculpas aos demais países asiáticos pelas mortes provocadas pelo exército japonês durante a 2ª Guerra Mundial e quebrou a tradição iniciada há 20 anos.
No dia 15 de agosto de 1945, o então imperador do Japão, Hiroito, enviou mensagem aceitando os termos da rendição japonesa definidos na Conferência de Potsdam. No discurso em comemoração aos 68 anos da data, Abe se limitou a homenagear as vítimas e a expressar a esperança de que a paz continue. “Nunca esquecerei o fato que a paz e a prosperidade que temos atualmente nascem do sacrifício de suas vidas”, afirmou.
Abe enviou oferta ao santuário xintoísta de Yasukuni construído em homenagem a 2,5 milhões de japoneses mortos durante guerras, mas as visitas de membros do governo japonês sempre foram consideradas um insulto por parte da China e da Coreia do Sul. Os dois países foram os que tiveram mais vítimas e sofreram mais destruição durante a ocupação do Exército Imperial do Japão, entre 1910 e 1945.