Causa é investigada

Poluído, trecho do lago mata peixes e está impróprio para banho

Cianobactérias não são algas e podem ser letais ao ser humano

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Um trecho poluído do lago Paranoá, entre a L4 e as quadras 4, 6 e 8 do Lago Sul está contaminado e impróprio para banho e pesca. A região fica entre a Ponte das Garças e a ponte Costa e Silva.

A Adasa, agência reguladora, e o Instituto Ambiental (Ibram) constataram a presença de "cianobactérias". Centenas de peixes foram encontrados mortos nos últimos dias. Mas as entidades não explicam que as tais cianobactérias podem até ser letais para o ser humano.

Apesar de serem conhecidas como "algas azuis", cianobactérias não são algas, como divulgaram Adasa e Ibram, mas bactérias aquáticas unicelulares procariontes capazes de efetuar fotossíntese.

Estudos indicam a presença de toxinas em cianobactérias com potencial letal ao ser humano, como microcistinas, nodularinas, anatoxinas, saxitixinas, cilindrospermnosinas, lingbiatoxinas e aplisiatoxinas. As cianobactérias precisam de luz e nutrientes, para proliferar de maneira descontrolada. Na região interditada pela Adasa e pelo Ibama está localizada uma estação de tratamento de esgoto. criminosamente mantida à beira do lago Paranoá.

Incompetentes
As cionbactérias, segundo os pesquisadores, proliferam em água considerada de má qualidade, com excesso de "nutrientes", que, nesse caso, pode ter sido lançados pela estação de tratamento da Caesb ou pela estação de tratamento de lixo, também na região.

Em nota, no lugar de admitir a própria incapacidade de evitar problema tão grave, Adasa e Ibram informam que vão "investigar" a causa da poluição e ainda afirmaram, claro, que a estação de tratamento de esgoto sul, da Caesb, está "dentro da normalidade".

O crescimento das algas altera a cor da água, além de diminuir o oxigênio no local. Por esse motivo, tantos peixes morreram. Um dos motivos do surgimento das cianobactérias pode ser a descarga de esgoto na água.

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