São Paulo

Polícia Civil abre inquérito para investigar greve

Secretaria de Segurança Pública confirma investigação da Polícia Civil

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A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou em nota, nesta quarta-feira, 21, a abertura de inquérito pela Polícia Civil para apurar a eventual ocorrência de crime na manifestação promovida por motoristas de ônibus na cidade de São Paulo nos dias 20 e 21, com base no Artigo 262, do Código Penal (expor a perigo outro meio de transporte público, impedir-lhe ou dificultar-lhe o funcionamento).

Os líderes do Sindicato dos Motoristas de São Paulo foram intimados a prestar depoimento.

A Secretaria informa também que a Polícia Militar reforçou o policiamento hoje em todos os terminais de ônibus da capital e locais de grande concentração de pessoas, para prevenir e evitar a ocorrência de tumultos.

Esclareceu que não cabe à PM a remoção de ônibus que tenham sido abandonados por manifestantes nas vias públicas, responsabilidade das autoridades de trânsito por meio de guinchos e motoristas ou servidores que possam fazê-lo.

Assegurou ainda que a PM esteve à disposição das autoridades municipais para dar segurança aos funcionários da Companhia de Engenharia de Tráfego.

Alckmin diz que greve de motoristas é assunto municipal

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta quarta-feira, 21, que a greve de motoristas e cobradores de ônibus na capital paulista é um assunto municipal e, portanto, a resolução está fora de sua alçada. No entanto, ao ser indagado se concordava com as declarações do prefeito Fernando Haddad (PT) de que a greve era “sabotagem” e “vandalismo”, Alckmin cobrou investigação da polícia.

“Acho que cabe à polícia investigar, verificar qual é a motivação, o problema, mas isso é um assunto municipal. A polícia tem agido sempre em sintonia com a Prefeitura e sempre trabalhamos de maneira articulada com o município”, disse Alckmin, após evento no qual anunciou a liberação R$ 14,7 milhões em recursos para custeio da Santa Casa e da Beneficência Portuguesa de Ribeirão Preto (SP).

O governador paulista evitou ainda opinar sobre a crise financeira na Universidade de São Paulo (USP) e da ameaça de greve após o reitor Marco Antonio Zago afirmar que não haverá reajustes a professores no primeiro semestre de 2014. Segundo Alckmin, as três universidades paulistas – além da USP, a Unicamp e a Unesp – têm autonomia universitária e administrativa e devem definir a forma de gerir o repasse feito pelo governo às instituições.

“A Constituição paulista estabeleceu repasse de 9,58% às universidades e cabe às universidades definir a forma de utilizar. Tenho certeza que o reitor Zago, que, aliás, é daqui de Ribeirão Preto, vai conduzir bem”, disse o governador.

Alckmin reafirmou ainda que, mesmo com a continuidade de baixa no nível Sistema Cantareira após a utilização do volume morto do reservatório, o racionamento e o rodízio estão descartados na capital, assim como nos outros 317 municípios operados pela Sabesp. “Nenhum tem rodízio e nem racionamento de água. Em 90 dias viabilizamos a reserva técnica, disponibilizamos 182 milhões de metros cúbicos de água e os estudos mostram que, com isso, iremos transpor o período seco para chegar à próxima época das águas”, concluiu. AE

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