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PF investigará grampo americano, mas o governo reduziu o tom da indignação

Mas o governo baixou o tom após a visita do embaixador Shanon (foto)

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O Ministério da Justiça mandou e a Polícia Federal investigar as denúncias segundo as quais o governo dos Estados Unidos realiza monitoramento ilegal de comunicações eletrônicas e telefônicas no Brasil. Mas após a visita do embaixador americano Thomas Shannon ao ministro Paulo Bernardo (Comunicações), o tom das autoridades brasileiras diminuiu. A Agência Brasil, que divulga as atividades do governo federal, já não menciona os Estados Unidos como o país cujo governo é acusado do monitoramento ilegal.

Na nota que divulgou, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) explica que a PF vai abrir inquérito para atender a um pedido do colega Paulo Bernardo. O ministro das Comunicações considera que escutas ilegais – que agora a agência oficial de notícias do governo brasileiro chama de  “supostas ações de inteligência” – podem representar ofensa ao sistema jurídico brasileiro, especialmente ao princípio da inviolabilidade do sigilo das comunicações.

Thomas Shannon garantiu a Paulo Bernardo que não houve “coleta de dados” pelo governo norte-americano em território brasileiro e também não houve a cooperação de empresas brasileiras com o serviço secreto dos Estados Unidos. Segundo Bernardo, Shannon confirmou que o governo americano monitora dados nos Estados Unidos como horários das ligações telefônicas, números de telefones e locais onde as chamadas são feitas, o que não inclui o conteúdo das conversas. Mas não no Brasil.

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