LGBT

Parada do Orgulho LGBT celebra a diversidade

Sol forte e música eletrônica marcaram o evento

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Parada-Gay-2014-em-Sao-Paulo-Oswaldo CornetiEmbalados pela música eletrônica, milhares de pessoas aproveitam a tarde de sol para celebrar a diversidade na Avenida Paulista. Neste ano, a 18ª Parada do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), que tradicionalmente ocorre em junho, foi antecipada para não coincidir com a Copa do Mundo. ?Mudamos [a data] pensando no bem-estar de quem veio para a parada. Porque eu tive a informação que 40% da rede hoteleira estão reservados para a Copa. E a parada ocupa 100%?, explicou o presidente da associação da parada, Fernando Quaresma.

A associação não informou, no entanto uma expectativa de público para o evento de hoje (4). Os participantes, que lotavam a avenida no início da tarde, começaram a chegar já pela manhã e a se concentrar perto do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Por volta das 14h, a bandeira do arco-íris, símbolo do movimento LGBT, passava pela Rua da Consolação rumo à Praça da República, onde ocorrerão os shows de encerramento.

Com fantasias de inspiração cinematográfica, as drag queens, e as transexuais, vestidas com roupa de festa, faziam sucesso com o público. Alguns se contentam só com um aceno ou sorriso. Muito frequentes, porém, são os pedidos para uma foto. A transexual Lara Pertille disse que não se incomoda com o assédio. ?As pessoas podem se encantar com essa fábrica de beleza. As pessoas podem se encantar com tudo que é novo. Bom que elas estejam descobrindo algo novo?, disse.

Para Lara, a parada é um momento de afirmação para as transexuais e o restante de comunidade LGBT. ?Acho que é um dia de protesto, de visibilidade.  Um dia para mostrar que existimos, que pagamos impostos e que somos limpinhos?, ironizou a jornalista de 26 anos que veio de Paulínia, interior paulista.

O estudante universitário Anderson Melo contou que veio de Mairinque (SP) para se divertir e protestar. ?Além de toda a festa, eu faço questão de me integrar à militância [LGBT]?, ressaltou. Ele se preocupa, entretanto, que o apelo festivo enfraqueça a mensagem contra o preconceito. ?Talvez esse formato tire um pouco da atenção da causa social. Não para o público LGBT, mas para quem vê de fora.?

A festa não é um problema para a consultora financeira Ana Braz. ?Eu acho super legal esse tipo de manifestação, é alegre e dá um ar diferente?, disse Ana, que é heterossexual. (Agência Brasil)

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