Odebrecht aponta ‘vingança concorrencial' da Camargo Corrêa
Empreiteira foi citada como ‘pagadora de propina’ em depoimento
A Odebrecht, maior empreiteira do País, atribui a ‘um sentimento de vingança concorrencial’ a menção a seu nome no depoimento do ex-vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, à Justiça Federal nos autos da Operação Lava Jato. Segundo a Odebrecht, ‘não surpreende’ que executivos da Camargo Corrêa, em regime de delação premiada, façam declaração “para negociar benefícios penais”.
Nesta segunda feira, 18, Eduardo Leite, afastado da Camargo Corrêa porque foi preso pela Operação Lava Jato, apontou em depoimento à Justiça Federal no Paraná os nomes de Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, e de Márcio Faria, diretor da Odebrecht, como dois representantes de empresas que sabiam do esquema de propina na Petrobrás.
Segundo Eduardo Leite, a UTC e a Odebrecht “também pagaram propina” A Odebrecht é citada na Lava Jato. Ela teria depositado cerca de US$ 30 milhões em contas secretas do ex-diretor de Abastecimento da estatal petrolífera Paulo Roberto Costa, na Suíça.
A empreiteira rechaça com veemência pagamento de propinas. A empreiteira ressalta que “sempre foram públicas as desavenças entre a Camargo Corrêa e a Odebrecht na disputa de importantes contratos”. Para a Odebrecht ‘não supreende que executivos da Camargo, obrigados a prestarem declaração para negociar benefícios penais, o façam motivados por um sentimento de vingança concorrencial’.
“A Odebrecht nega ter feito qualquer tipo de pagamento de propina envolvendo contratos da Petrobras. Para o entendimento geral, é importante ressaltar que sempre foram públicas as desavenças entre a Camargo Corrêa e a Odebrecht na disputa de importantes contratos, o que não surpreende que executivos da Camargo, obrigados a prestarem declaração para negociar benefício penais os façam motivados por um sentimento de vingança concorrencial.” (AE)