Negligência médica durante três anos pode levar paciente à morte por fratura no braço

O Ministério Público de Goiás concedeu liminar à L.J.C. para garantir tratamento e intervenção cirúrgica no Centro de Reabilitação Dr. Henrique Santillo em Goiânia. A moradora de Formosa passou por uma batalha judicial para conseguir atendimento. De acordo com o promotor de Justiça, Wagner de Magalhães Carvalho, em outubro de 2011, ela procurou auxílio judicial, pois havia sofrido um acidente doméstico um ano antes e fraturou o braço. Mesmo após receber atendimento em Formosa, a fratura causou outros problemas fazendo-se necessária uma cirurgia de urgência para correção. Sem condições financeiras, L. procurou, sem sucesso, atendimento em hospitais de Formosa, Goiânia e Brasília. O longo tempo sem ajuda fez com que a paciente desenvolvesse um quadro depressivo e agora se mostra resistente a qualquer auxílio.

A medida do MP é extrema, coloca o transporte a cargo da Secretaria de Saúde de Formosa e prevê a possibilidade de remoção com auxílio de força policial, devido ao quadro de depressão após batalha judicial de quase três anos. Em 2012, as Secretarias Estadual e Municipal de Saúde não respeitaram o mandado de segurança, obrigando esses órgãos a providenciar o tratamento médico e cirúrgico necessários. Atualmente, as consequências da simples fratura podem levar L. à amputação do braço ou até mesmo à morte em virtude de infecção.