Lava Jato

MPF apura se os R$ 12 milhões de Bumlai pagaram Santana

Verba emprestada do Banco Schahin teria abastecido campanha apoiada pelo PT

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A força-tarefa da Operação Lava Jato investiga se parte dos R$ 12 milhões emprestados no Banco Schahin de forma fraudulenta pelo pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula foi destinada ao marqueteiro do PT João Santana a pedido do próprio partido.

O publicitário foi o responsável pela campanha do ex-prefeito de Campinas (SP) Hélio de Oliveira Santos (PDT), o Dr. Hélio, em 2004, apontada em depoimentos como beneficiária dos recursos.

Segundo as investigações do Ministério Público Federal (MPF), o PT teria operacionalizado o desvio de R$ 12 milhões dos cofres públicos por meio de um empréstimo simulando, em 2004, compras fictícias de sêmens de gado de elite, contratos de mútuos e o direcionamento de um contrato de US$ 1,6 milhão da Petrobras. Bumlai foi o tomador do empréstimo, que repassou a totalidade para contas do Grupo Bertin, para depois ser distribuído em duas frentes. Uma delas leva o dinheiro até Ronan Maria Pinto e a compra do Diário do Grande ABC – alvo da última fase da Lava Jato, a Carbono 14. 

A outra, que chega até o marqueteiro do PT, leva aos empresários Armando Peralta e Giovani Favieri. Preso desde novembro de 2015, alvo da 21ª fase batizada de Passe Livre, Bumlai apontou os nomes dos dois empresários e do então presidente do Banco Schahin como propositores da operação. O verdadeiro beneficiário do negócio seria o PT, por meio do ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira, o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares e o ex-ministro José Dirceu. Os três negam envolvimento. Com informações da Agência Estado.

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