Qualidade de vida

Moradores do Centro-Oeste e Norte passam em média 40 dias do ano no trânsito

Tempo médio para fazer atividades corriqueiras é de duas horas

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Os motoristas do Centro-Oeste e do Norte passam em média 40 dias do ano no trânsito, segundo pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Já o tempo médio gasto diariamente para fazer atividades corriqueiras é de duas horas e 38 minutos.

Nas duas regiões, 47% dos moradores têm carros ou motos em suas residências. Em Brasília, a proporção de veículos particulares é de 55 para cada 100 pessoas – menos de moradores por carro, segundo a Secretaria de Mobilidade do Distrito Federal.

Ainda segundo a pesquisa, caso houvesse uma boa alternativa de transporte coletivo, 58% dos motoristas afirmam que deixariam de utilizar seus veículos para trajetos do dia a dia. Entre as pessoas que utilizem o transporte público, os principais motivos são: ser a alternativa mais barata (44%), ser o único meio de locomoção disponível (35%) e facilidade no acesso (14%).

A cada dez entrevistados, oito estão insatisfeitos com o trânsito e com a qualidade do transporte público em sua cidade. A maioria acredita que a principal ação a ser tomada para reverter o problema do trânsito é investir na qualidade do serviço de transporte. Outras soluções citadas foram ampliar vias, incentivas campanhas de ‘carona solidária’, aumentar a proibição de estacionamento nas ruas, e garantir a segurança das pessoas.

"Temos problemas com estacionamento de veículos e o transporte público ainda deve ser ampliado e melhorado. É uma questão que, inclusive, vai além da qualidade de vida, pois afeta os mais diversos setores da economia local", declarou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Distrito Federal (CDL-DF), José Carlos Magalhães Pinto.

A pesquisa aponta que os problemas de mobilidade urbana impactam diretamente no varejo. No Centro-Oeste e no Norte, 57% dos motoristas já desistiram de alguma compra por não ter onde estacionar. A preferência das maiorias dos entrevistados é por centros comerciais que oferecem estacionamento próprio ou próximo.

Apesar da falta de locais para estacionar, os entrevistados também se preocupam com a segurança: 52% apontam falta de segurança como principal obstáculo para frequentar lojas de rua.

O presidente da CDL-DF lamenta a situação do comércio de rua em Brasília. "Brasília é arborizada, tem um ambiente ideal para as lojas de rua e para compras mais tranquilas, mas ainda é necessário melhorar as condições físicas. A CDL-DF lutou por vários anos pelo projeto de revitalização de duas quadras da W3 Sul, que deve sair do papel em 2018, segundo o governo. É um primeiro passo."

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