Pedido da PGR

Ministro Teori Zavaski arquiva inquérito contra Roseana Sarney e Edison Lobão

Magistrado acolheu o pedido do Procurador Geral da República

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Nesta sexta-feira (25) o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki determinou o arquivamento do inquérito contra a ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney e o senador Edison Lobão (PMDB-MA) no âmbito da Operação Lava Jato.

Conforme informou o Diário do Poder na quinta (24), a Procuradoria Geral da República (PGR) pediu o arquivamento do inquérito, só faltava o despacho do ministro Teori Zawaski. Rodrigo Janot afirmou que não foram colhidos “elementos probatórios, ao longo da instrução procedimental, aptos a corroborar com as declarações do colaborador Paulo Roberto Costa”.

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afirmou em depoimento feito no início das investigações da Lava Jato, em 2014, que teria tido “um monólogo” com a ex-governadora.

E que teria mandado entregar R$ 2 milhões para a campanha de Roseana ao governo do Maranhão, no ano de 2010, a pedido de Lobão, que na época era ministro de Minas e Energia. Porém, o doleiro Alberto Youssef, também investigado na Operação Lava-Jato, negou que tivesse feito qualquer entrega.

Segundo o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, Kakay, durante as investigações, Roseana, sempre colaborou com a Polícia Federal e com o Ministério Público Federal, oferecendo a quebra dos sigilos bancário e telefônico. E destacou que a PF já havia pedido, por duas vezes, o arquivamento do processo considerando que não havia mais o que ser investigado.

Kakay ressalta que a ex-governadora foi exposta a um "constrangimento desnecessário", "Nada foi provado porque era uma mentira deslavada do delator (Paulo Roberto Costa). Esse arquivamento, embora tardio, resgata, nesse ponto de vista, a verdade. Para Roseana que ficou sendo investigada desnecessariamente, é uma vitória. Este era o único inquérito em que Roseana era investigada. Embora a demora nas investigações tenha causado um enorme prejuízo pessoal e político, para Roseana a Lava-Jato é uma página do passado”. 

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