Corrupção

Ministro tenta descaracterizar ação da PF na Petrobras

Surpreendido, ministro só faltou dizer que a PF foi à Petrobras a convite

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A Polícia Federal cumpriu mandado judicial de busca e apreensão na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, mas o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tão surpreendido pela ação policial quanto a própria presidente da estatal, Graça Foster, tentou dizer que não era o que exatamente foi: um delegado e agentes da PF passaram quase seis horas na empresa buscando e apreendendo documentos e indícios de crimes na compra supertafurada da refinaria de Pasadena (Texas), nos Estados Unidos. Só faltou Cardozo dizer que a PF foi à Petrobrás “a convite”. Ele cumpriu mais uma missão ingrata ordenada pela presidenta Dilma: desta vez, tentar disfarçar uma ação policial,

O ministro jurou que os documentos haviam sido solicitados antes pela Justiça e foram entregues “espontaneamente”, mas caiu em contradição ao explicar que a PF ficou cerca de seis horas na empresa, porque a documentação ainda “não tinha sido totalmente compilada”, embora o pedido judicial tenha sido entregue com antecedência.

– Nem sempre é fácil você localizar numa empresa da dimensão da Petrobras o conjunto de documentos ou materiais que são solicitados. O que eu posso dizer é que o atendimento dado à Polícia Federal foi de alguém que quer colaborar com as investigações, e essa tem sido a posição da presidente Graça Foster – afirmou.

Cardozo não quis dizer, ou talvez não saiba, que tipo de material foi recolhido na empresa, por se tratar de investigação sigilosa. Também não informou quando a Justiça determinou a entrega dos documentos.

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