Acordo de leniência

Ministro da Controladoria-Geral quer livrar empresas corruptas

Na CPI da Petrobras, CGU defende 'leniência' para empreiteiras

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O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Simão, informou há pouco à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras que já existem 30 processos de responsabilização instaurados contra empresas que cometeram atos lesivos contra a estatal. Ele informou também que cinco empresas já manifestaram interesse em realizar o acordo de leniência, mas as negociações não foram concluídas. 

“A CGU tem atuado com a maior responsabilidade possível para identificar e punir os responsáveis. A Controladoria é uma grande agência de combate à corrupção e é implacável na punição”, disse.

Simão participa de reunião na CPI com o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams. Os ministros foram convocados para falar dos acordos de leniência feitos com empresas acusadas pela Operação Lava Jato de desvio de dinheiro e pagamentos de propina.

O acordo de leniência para livrar uma empresa envolvida em ilegalidade. A empresa denuncia esquema de corrupção e se compromete a auxiliar um órgão público na sua investigação. Em troca, pode receber benefícios como redução de pena e isenção do pagamento de multa. Simão ressaltou que não é o órgão investigador que propõe os acordos de leniência e, sim, as empresas que se propõem a fazer o acordo. Posteriormente, se o acertado for descumprido, as sanções às empresas serão retomadas. “O acordo não exime a empresa a reparar os danos causados”, explicou Simão.

De acordo com o ministro, a CGU também instaurou 19 processos disciplinares contra 58 ex-dirigentes e empregados da Petrobras envolvidos na Lava Jato e garantiu que os processos serão concluídos ainda neste ano. (Agência Câmara)
 

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