Diretoria problemática

Ministério Público do TCU fará devassa nos contratos da Petrobras

Segundo o MP, a empresa jogou US$ 29 milhões pelo ralo

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O Ministério Público do Tribunal de Contas da União (TCU) vai realizar uma devassa nos contratos firmados pela Petrobras internacional. No período investigado, a empresa era dirigida por Jorge Luiz Zelada. “Estamos detectando que essa diretoria é a mais problemática”, disse o procurador do Ministério Público no TCU Marinus Marsico, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

A Corte também vai investigar a área de abastecimento, responsável pela construção das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Porém, o procurador garante: nenhuma irregularidade encontrada até agora se compara ao que encontrou em um contrato da estatal com a Odebrecht. “Esse talvez tenha sido o pior contrato, com mais irregularidades, que já examinei”, contou. O contrato de US$ 825 milhões com a construtora baiana foi assinado em 2010, quando o atual secretário de Planejamento da Bahia, José Sergio Gabrielli, era presidente da petrolífera. Pelo documento, os serviços seriam prestados em dez países, porém, quase metade não previa execução de obras ? apenas planejamento e supervisão. Mesmo com o corte feito pela presidente Graça Foster, US$ 200 milhões do acerto já tinham sido. Desta forma, a Petrobras pagou US$ 29 milhões apenas para uma empresa dizer o que fazer no contrato.

A companhia informou que não vai comentar o assunto.

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