Legistas holandeses examinam os corpos nesta segunda

Um grupo de legistas holandeses chegou nesta segunda-feira à cidade de Torez, em Donetsk, na Ucrânia, onde está o trem frigorífico no qual está sendo armazenado a maior parte dos corpos das vítimas dos passageiros do avião malaio que caiu na quinta-feira passada.

Segundo testemunhas informaram à Agência Efe, os três especialistas holandeses abriram os vagões para examinar os corpos na presença da missão da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) na Ucrânia, liderada pelo suíço Alex Hug.

Os observadores negociam com os rebeldes pró-Rússia o deslocamento do trem para a cidade de Kharkiv, a mais importante do leste da Ucrânia, onde seria realizada a identificação dos corpos.

Os rebeldes, no entanto, pedem que o trem seja levado para a cidade litorânea de Mariupol (Mar Negro).

Os especialistas internacionais já se encontram em Kharkiv e 14 deles já chegaram à localidade a bordo do avião do presidente ucraniano, Petro Poroshenko.

Além disso, um avião com sete especialistas holandeses aterrissou na cidade com equipamentos para o transporte de corpos.

Os rebeldes, que se negam a colaborar com as autoridades de Kiev, informaram ontem que o trem permaneceria estacionado em Torez até a chegada de analistas internacionais.

Segundo testemunhas, o médico holandês Peter Van Vilet expressou hoje satisfação pelo estado de conservação dos corpos, que se encontram a zero graus dentro de vagões hermeticamente fechados.

Os corpos foram refrigerados na madrugada de domingo, mais de 48 horas depois do acidente, após permanecerem envoltos em sacos nas imediações da zona da catástrofe, no povoado de Grabovo.

O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, informou que os serviços de resgate encontraram 271 corpos, dos quais 251 se encontram nos vagões em Torez.

Holandeses acompanhados por representantes da OSCE se deslocaram para o local da tragédia, onde os socorristas seguem buscando o restante dos corpos e outras evidências que ajudem a esclarecer as causas do acidente.

Algumas partes do Boeing-777, como o nariz do aparelho, encontram-se a vários quilômetros de Grabovo, na cidade de Rasipnoye, em meio a um campo de girassois. (EFE)