Lava Jato

Sérgio Moro diz que é fantasiosa tese de empreiteiras

Juiz da Lava Jato rebate tese de advogados de que oculta nomes de políticos para Lava Jato não ir ao STF

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Alvo de ataques por sua atuação na Operação Lava Jato, o juiz federal Sérgio Moro, chamou de “fantasiosa” a alegação de advogados de empreiteiros envolvidos no Petrolão de que estaria cometendo ilegalidade na condução do caso para impedir que ele saísse de suas mãos e passasse a tramitar no Supremo Tribunal Federal (STF).

A defesa de um dos executivos presos pela operação levantou a tese de que Moro estaria ocultando nomes de políticos supostamente envolvidos no esquema de corrupção que atuava na Petrobras. Conforme o magistrado, não há agentes políticos sob investigação na Justiça Federal do Paraná.

“Esclareço ser fantasiosa a argumentação de que este Juízo estaria ocultando o nome de agentes políticos envolvidos nos crimes para preservar a competência em primeiro grau de jurisdição, se é isso que se pretende com o acesso a esses depoimentos. […] Não há agentes políticos aqui investigados, nem haverá, perante este Juízo, ação penal tendo no pólo passivo agentes políticos ou por objeto crimes de corrupção de agentes políticos”, escreveu Moro no despacho enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Na segunda-feira, 24, o advogado Alberto Zacharias Toron, defensor do empresário Ricardo Ribeiro Pessoa, da UTC Engenharia, afirmou que Sérgio Moro, durante interrogatórios em processos decorrentes da operação, impedia que os réus citassem o nome de políticos sob investigação com foro privilegiado no STF apenas “para conservar a competência de primeiro grau”.

No despacho desta terça, Moro afirmou que sua orientação aos depoentes para que não citassem políticos não buscava esconder possíveis crimes cometidos por políticos, mas “preservar a autoridade do STF, que decretou sigilo sobre a delação premiada de Paulo Roberto Costa”.

O juiz responsável pela Lava Jato negou ainda que tenha determinado a manutenção da prisão de investigados para forçá-los a fazer acordos de delação premiada. Segundo Moro, as prisões dos investigados foram devidamente fundamentadas. ?Se, após a prisão, o investigado decidir colaborar, ou não, com a investigação, trata-se de escolha voluntária dele, que não guarda relação necessária com a manutenção ou revogação da preventiva, o que será decidido à parte.?

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