Jorge Picciani afirma que prisão de filho é 'covardia' para atingi-lo
Deputado negou ter recebido vantagens e que a Alerj não atua a serviço de grupos
O presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani, negou as acusações de que tenha recebido vantagem em troca de favores na Alerj e classificou a prisão do filho como "uma covardia" para atingi-lo. "Felipe é zootecnista, bom pai, bom filho, bom amigo, que não tem atuação política. Todos que o conhecem o respeitam e sabem do seu caráter e correção."
"A Alerj não atua a serviço de grupos de interesse, não interfere em aumento de tarifas e não votou isenção de IPVA para ônibus, porque isso foi feito por decreto do Executivo, quando eu nem sequer tinha mandato", disse o deputado antes de negar ter qualquer conta no exterior. "Meu patrimônio é absolutamente compatível com a renda oriunda das minhas atividades empresariais e isso já foi comprovado em investigação devidamente arquivada."
Conjecturas
A defesa de Jacob Barata Filho afirmou que a decisão de decretar sua prisão "não trouxe novas acusações e se baseou nas mesmas conjecturas que já foram tidas por insuficientes" pelo Supremo.
A Alerj também se manifestou, quase repetindo o que disse seu presidente, afirmando que "repudia as acusações de que teria beneficiado empresários". "O parlamento não atua em função de interesses espúrios de quem quer que seja."
A defesa de José Carlos Lavouras, preso em Portugal desde julho, afirmou que a prisão "foi imposta irregularmente, pois já havia sido decretada anteriormente pelo juiz Marcelo Bretas". A Odebrecht informou que colabora com a Justiça no Brasil e nos países em que atua.